Agentes da Polícia Civil do Amazonas e da Polícia Federal informaram que a reconstituição das mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira deve ser feita até esta sexta-feira (1º). Nesta semana, já foi iniciado o reconhecimento da região onde as vítimas foram assassinadas e da área onde os corpos foram ocultados.
Segundo o delegado de Atalaia do Norte, Alex Perez, 20 pessoas já foram ouvidas pelos policiais, sendo 17 testemunhas e três suspeitos. Ele informou que a reconstituição do caso será realizada com a presença de dois dos suspeitos de participar da execução das vítimas, que já encontram-se presos em Atalaia do Norte.
Na segunda-feira (28), o procurador-geral da República, Augusto Aras, revogou a portaria que criava um grupo de trabalho no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para fiscalizar as investigações das mortes de Bruno e Dom. Na análise, o acompanhamento do caso não era mais necessário, uma vez que a Casa considera as apurações avançadas.
Conforme informado pelos policiais, a hipótese de um mandante no crime não está sendo descartada. Até o momento, outros cinco homens, já identificados, são suspeitos de participar de esconder os corpos das vítimas. Caso encontrados, eles devem ser indiciados pelo crime de ocultação de cadáver.
Em conversa com o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), o líder indígena Beto Marubo, integrante da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), disse que Bruno foi morto por ter feito o mapeamento de atividades ilegais na região e da logística adotada por integrantes de quadrilhas.
Ele também afirmou que, ao longo dos últimos anos, o indigenista ensinou aos povos indígenas como utilizar recursos e tecnologias para qualificar informações, de forma técnica, sobre o aumento das invasões do território do Vale do Javari.
Informações de SBT News