Vacina da dengue apresenta imunogenicidade superior a 90%

Um estudo realizado pela farmacêutica Merck apontou que a vacina contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan, induziu a geração de anticorpos em 100% dos indivíduos que já tiveram dengue e em mais de 90% naqueles que nunca haviam tido contato com o vírus. O imunizante já vem sendo produzido há mais de dez anos e é feito em colaboração com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID). 

Foto: Cesar Brustolin/SMCS

Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Human Vaccines & Immunotherapeutics, os resultados referem-se à fase 1 do ensaio clínico, realizada nos Estados Unidos. Atualmente, a pesquisa já se encontra na fase 3, sendo que as conclusões da fase 2 foram publicadas em artigo na revista The Lancet Infectious Diseases em março de 2020. A segunda etapa da pesquisa mostrou que a vacina induz soroconversão em mais de 70% dos indivíduos contra os quatro subtipos do vírus com apenas uma dose.

No novo artigo, os pesquisadores constataram que a vacina tetravalente contra a dengue protege pessoas com e sem contato prévio com o vírus. A análise randomizada incluiu 200 adultos que receberam duas doses do imunizante ou placebo, para avaliar a capacidade da segunda dose de aumentar os anticorpos. Após a primeira dose, a soroconversão foi de 100% em quem já teve dengue e 92,6% em quem nunca foi infectado. 

A dose adicional, por outro lado, não induziu diferenças significativas, confirmando que uma única dose é suficiente para produzir resposta imunológica contra a doença. 

A imunogenicidade procedente do imunizante foi analisada durante um ano por meio de testes de neutralização do vírus e se manteve alta em todos os participantes. Além disso, a vacina também se mostrou segura e sem efeitos adversos graves. As reações mais comuns foram dor de cabeça, fadiga, erupção cutânea e mialgia (dor muscular).

Desenvolvida há mais de dez anos, a vacina contra a dengue é feita com quatro tipos do vírus da dengue atenuados, ou seja, enfraquecidos, que induzem a produção de anticorpos sem causar a doença e com poucas reações adversas. O imunizante também é produzido pensando em quem já foi contaminado, uma vez que a reinfecção por outro subtipo do vírus pode causar sintomas mais graves da doença.

Informações de SBT News

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