Vai ao Rock in Rio? Prepare o bolso: altos preços do cardápio viralizam

O festival de música mais esperado do sul do Equador está aí de novo. Alta ansiedade dos mais jovens, uma boa dose de “vintage” no gosto dos mais veteranos e a agitação “meio-bagunçada-mas-quem-é-que-tá-ligando” típica de todas as edições. Tudo junto e misturado….bem-vindo à Cidade do Rock!

Divulgação

Diana Ribeiro não está indo pela primeira vez. Já botou os pés naquela terra “sem lei” tomada por altas doses de excitação em 2017, para ver Shawn Mendes e Maroon 5. Não foi fácil chegar, comer, beber e sobreviver aos perrengues… mas só valeu. “Me emocionei com o show do Maroon 5 por ser uma banda que escuto desde pequena”, lembra a adulta Diana, que tinha 13 anos na época. Nem precisa dizer que ela quer mais. Está indo logo na largada, para ver… Justin Bieber. “Vou com a Carol, minha amiga de infância. É um sonho! Significa muito para mim, a música faz parte do meu dia a dia e as dele principalmente venho escutando ao longo da vida, por isso um peso tão grande de vê-lo no RiR”, comemora.

Valores e valores

A ansiedade de Diana é a ansiedade de quem vai pela primeira vez e de quem vai a todos os RiR. Locais e turistas, filhos e filhas, pais e mães. Amigos e irmãos. São gerações inteiras cantando a musiquinha “Ro-ck in Ri-ô-ô” e dividindo lembranças, amores, catarses e experiências. É lugar e hora para ver ali, de pertinho (tá bom, mais pra alguns, menos pra outros) os maiores ídolos da vida.

Imagina se alguém vai lembrar do casaquinho, do guarda-chuva. De levar uma comidinha caseira para aquele antro de perdição. “O meu filho vai levar”, garante Luciana Gravina, do Rio de Janeiro. O “pequeno” João Vitor está com 22 anos. Vai pela primeira vez ao festival bem pautado pelos amigos mais experientes. Mas, principalmente, pela mãezona Luciana: ela é nada mais nada menos que nutricionista. Só de ver a lista de comes e bebes disponíveis teve um choque. Não é para menos. Além de alguns preços nas alturas, os “valores” nutricionais são fora da casinha. Veja alguns exemplos do cardápio:

  • Sanduíche + bebida e/ou batatinha: de R$ 36 a R$ 55
  • Milk Shake: R$ 20
  • Brotinho de queijo: R$ 40
  • Cachorro quente: R$ 35
  • Energético: R$ 12
  • Chope: R$ 15
  • Açaí: R$ 22
  • Pipoca tipo “de cinema”: de R$ 25 a R$ 70
  • Refrigerante: R$ 9
  • Água (350 ml): R$ 6

“É por isso que o João Vitor vai levar shake de whey protein, vai levar barra de proteína — que têm que ser escolhidas por nutricionista — , fruta… vai levar castanha do pará, nozes, amendoim, as oleaginosas em geral”, garante a nutricionista Luciana. Perguntada se “não era demais esperar que o pessoal jovem tomasse a devida providência”, ela foi categórica: “Juro que vão levar! Ele e os amigos vão levar sim. E têm opções legais. Tipo, um sanduíche de pão integral, alface, rúcula, cebola, cenoura, frango grelhado ou desfiado (ou rosbife ou atum em lata no azeite), ou com queijo meia cura”, receita ela. 

Batida perfeita

As dicas da nutricionista são show. De maneira geral tudo ali no ambiente do festival é animação, ritmo, transe. Esquecer de comer e beber ou apelar para o que está logo à mão é o caminho mais rápido. Mas requer cuidados. O primeiro deles é se hidratar. Muita água pra quem vai pular, dançar, viver. A proporção recomendada é 35 ml de água por kilo de peso.

Traduzindo, é um pouquinho mais de um litro e meio pra quem tem mais ou menos 50 Kg. Daí pra mais. Ainda no cardápio das bebidas: energético é risco. Muita cafeína. Beber demais pode ter graves consequências até para o coração. Com álcool junto, então, mais perigoso ainda. Se possível, evitar. Se não der, tudo tem que ter limite. 

Chapa quente

Acredite, está nos “combos” do Rock in Rio: tem coxinha + hambúrguer. Sai por salgados R$ 45. Mas o pior é o preço calórico. Gordura saturada de sobra. Aditivos. Maquiagens comestíveis que melhoram o cheiro, até a aparência das comidas, mas que são prejudiciais à saúde. E falando em gordura, tem menu mais raiz, digamos. Porção de polenta frita: R$ 15. Kebab: R$ 29. Porção de linguiça — frita, é claro: R$ 32. Mas algo diz que, destes, o pessoal mais jovem passa longe.

Os veteranos é que têm que se ligar…. Ah, agora a categoria “experiência”; sim porque coxinha de jaca com espinafre é do tipo: “cuméquié”? Sai por R$ 13 a unidade. Já a coxinha de Nutella deve ter lá seus seguidores: módicos R$ 10. O custo maior aí é outro. Em aproximadamente 220g daquele creme irresistível [perdão, livre-pensar do redator] tem mais de 60 colheres de chá de açucar. É o famoso “não tem almoço grátis” versão RiR 2022. Tudo passa pelo comportamento. “Fiquei ciente dos preços assim que foram anunciados, acho que está caro, mas infelizmente tudo está com um preço alto ultimamente”, lamenta a vestibulanda Diana Ribeiro. Escolada pela primeira edição e pelo repertório de comentários na internet, já tem sua tática definida: “A dica é se alimentar bem antes de sair de casa e dividir um lanche com os amigos no RiR”.

Informações de SBT News

Entre no grupo do Massa News
e receba as principais noticias
direto no seu WhatsApp!
ENTRAR NO GRUPO
Compartilhe essa matéria nas redes sociais
Ative as notificações e fique por dentro das notícias
Ativar notificações
Dá o play plus-circle Created with Sketch Beta. Assista aos principais vídeos de hoje
Colunistas plus-circle Created with Sketch Beta. A opinião em forma de notícia
Alorino
Antônio Carlos
Claudia Silvano
Edvaldo Corrêa
Fabiano Tavares
Gabriel Pianaro
chevron-up Created with Sketch Beta.