Um novo relatório bombástico detalha o “terror e a angústia” que os ocupantes do submersível Titan, provavelmente, enfrentaram em seus momentos finais antes da embarcação implodir, em 18 de junho de 2023. O documento foi incluído em um dos processos sobre a tragédia.
O documento que pede US$ 50 milhões diz que o submersível “condenado” tinha uma “história problemática” e alega que a OceanGate e seu falecido CEO Stockton Rush esconderam fatos importantes das vítimas que aceitaram o passeio até as destroços do Titanic.
Essas falhas levaram o Titan a lançar pesos após apenas 90 minutos de viagem, indicando que a equipe abortou ou tentou abortar o mergulho.
Novo relatório sobre o Titan tem trechos chocantes
Em seus trechos mais chocantes, o parecer afirma que os tripulantes perceberam o perigo iminente e tentaram de forma desesperada retornar para a superfície. Sem sucesso, só lhes restou aguardar a morte enquanto continuavam afundando.
“Embora a causa exata da falha nunca possa ser determinada, os especialistas concordam que a tripulação do Titan teria percebido o que estava acontecendo“, diz o processo, aberto no Condado de King, Washington, na terça-feira (6), pela família do explorador francês Paul-Henri Nargeolet, 77,
“O senso comum diz que a tripulação sabia muito bem que iria morrer antes de morrer. A tripulação pode muito bem ter ouvido o ruído crepitante da fibra de carbono ficar mais intenso conforme o peso da água pressionava o casco do Titan. A tripulação perdeu as comunicações e talvez a energia também”, diz outro trecho do documento.
“Segundo os especialistas, eles teriam continuado a descer, com pleno conhecimento das falhas irreversíveis da embarcação, sentindo terror e angústia mental antes do Titãn finalmente implodir”, completa o relatório
O processo continua criticando o “sistema eletrônico moderno, contemporâneo e sem fio” do Titan e afirma que “nenhum dos controladores, controles ou medidores funcionariam sem uma fonte constante de energia e um sinal sem fio”.
O documento também rotula Rush, que operava o navio na viagem fatídica, como “um excêntrico e autointitulado ‘inovador’ na indústria de mergulho em alto mar”, e nomeia seu espólio como um dos réus.
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Vale destacar que pós a implosão do Titan, inúmeros especialistas da área de mergulhos profundos revelaram que tentaram alertar o CEO da OceanGate sobre a abordagem experimental do Titan e resultados potencialmente “catastróficos”, mas foram ignorados.
Ele se recusou a obter uma certificação de terceiros e ignorou repetidamente os avisos de que sua embarcação era uma armadilha mortal que “mataria alguém”, descrevendo-os como um “sério insulto pessoal”.
Implosão
O Titan partiu por volta das 8h do dia 18 de junho no Oceano Atlântico, sobre o local do naufrágio do Titan. E, após a perda de contato, a OceanGate Expeditions levou oito horas para relatar seu desaparecimento à Guarda Costeira dos EUA.
Isso levou a uma resposta internacional massiva para resgatar os cinco passageiros. Navios do mundo todo começaram a ajudar na busca pelo submarino desaparecido, enquanto as horas e o oxigênio estimado diminuíam.
Também foi revelado que um sistema de monitoramento da Marinha dos EUA captou um possível som da embarcação implodindo na descida – mas os esforços de busca continuaram.
Finalmente, após uma busca frenética de quatro dias, um veículo subaquático operado remotamente (ROV) descobriu tragicamente os destroços do Titan, a cerca de 1.600 pés da proa do Titanic.
Todos os cinco homens a bordo morreram instantaneamente quando o Titan sofreu uma “implossão catastrófica” , determinaram as autoridades.
Várias teorias diferentes foram levantadas sobre o que pode ter causado a implosão.
Veja uma simulação do que pode ter acontecido com as vítimas: