Opep+ vai considerar aumento modesto de produção de petróleo, dizem fontes

Por Ahmad Ghaddar e Alex Lawler e Olesya Astakhova

Sede da Opep, em Viena, Áustria

LONDRES/MOSCOU (Reuters) – Os produtores de petróleo que compõem a Opep+ vão discutir uma flexibilização modesta nos cortes de oferta a partir de abril, dada a recuperação nos preços da commodity, disseram fontes do grupo, embora alguns sugiram que a produção deva ser mantida estável por enquanto, devido ao risco de novos reveses na batalha contra a pandemia de Covid-19.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, que formam o grupo conhecido como Opep+, reduziram a produção em um recorde de 9,7 milhões de barris por dia (bpd) no ano passado, diante do colapso de demanda em função da pandemia. Em fevereiro, o grupo ainda mantém cortes de 7,125 milhões de bpd, cerca de 7% da demanda global.

Em janeiro, a Opep+ desacelerou o ritmo do aumento de produção que vinha sendo planejado, devido aos “lockdowns” relacionados ao coronavírus. A Arábia Saudita se dispôs a realizar cortes extras voluntários em fevereiro e março.

Três fontes da Opep+ disseram que um aumento de produção de 500 mil bpd a partir de abril parece possível de ser realizado sem que os estoques aumentem, mas a decisão será determinada por números atualizados de oferta e demanda a serem considerados pelos ministros na reunião marcada para 4 de março.

“O preço do petróleo está definitivamente alto, e o mercado precisa de mais petróleo para dar uma acalmada nesses preços”, disse uma das fontes da Opep+. “Um aumento de 500 mil bpd a partir de abril é uma opção –e parece uma boa opção.”

Um rali nos preços para 67 dólares por barril –maior nível desde janeiro de 2020–, o avanço da vacinação e as esperanças de recuperação econômica deram impulso à confiança de que o mercado poderia absorver mais petróleo. A Índia, terceira maior importadora global da commodity, pediu para que a Opep+ flexibilize os cortes de produção.

Por outro lado, o corte voluntário de 1 milhão de bpd realizado pela Arábia Saudita termina no mês que vem. Embora Riad ainda não tenha compartilhado seus planos para depois de março, há expectativas no grupo de que o reino restabeleça a produção a partir de abril, talvez gradualmente.

Uma fonte de um país da Opep disse que uma retomada total na oferta saudita em abril significaria a impossibilidade de o restante da Opep+ bombear mais petróleo por enquanto. “O corte voluntário saudita vai voltar para o mercado… Eu, pessoalmente, defendo que não haja mais flexibilização, não até junho”, disse.

(Reportagem adicional de Rania El Gamal e Nidhi Verma)

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