A Estrada da Graciosa (PR-410) completa 150 anos de história em 2023. O trecho paranaense da Serra do Mar abriga as maiores elevações do centro-sul do Brasil, como o Pico do Paraná e seus 1.992 metros de altitude.
Os aspectos culturais e naturais dão um valor imaterial para a Estrada da Graciosa, tanto pela importância na cultura local de Antonina, Morretes e Quatro Barras, quanto pela contribuição econômica no Paraná. Inaugurada oficialmente em 1873, ela é conhecida como Cordilheira da Marinha.
A estrada era uma popular rota de tropeiros e foi considerada o caminho mais seguro para o transporte de cargas pesadas. Ainda assim, a rodovia era um caminho estreito e grosseiro, calçado em um dos relevos mais hostis do Brasil.
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Em 1854, após a emancipação da Província do Paraná, o imperador Dom Pedro II autorizou a construção de uma estrada estadual ligando Curitiba a Antonina. O Caminho da Graciosa serviu de guia para a nova obra que tornaria a via carroçável, finalizada em 1873.
Até meados do século XX, a Estrada da Graciosa foi a única rodovia pavimentada a ligar Curitiba ao Litoral do Paraná. Atualmente, a rodovia reúne espaços históricos como pontes, igrejas, recantos e monumentos.
Estrada da Graciosa: patrimônio cultural do Paraná
A Estrada da Graciosa não é, em si, tombada, porém o trecho paranaense da Serra do Mar pelo qual a via atravessa teve seu tombamento efetivado pelo Governo do Paraná em agosto de 1986.
O tombamento ocorreu conforme a Lei Estadual 1.211/1953, que dispõe sobre o patrimônio histórico, artístico e natural do Paraná. A área também foi reconhecida como patrimônio mundial da UNESCO e constitui um dos mais belos exemplos de patrimônio cultural, natural e turístico do Brasil.