A Polícia Científica identificou vestígios de sangue no carro de Sérgio Correia, que confessou ter matado a ex-amante Mariza de Siqueira da Cruz. A mulher desapareceu no último dia 30 e seu corpo ainda é procurado pela polícia, por bombeiros e familiares da vítima. O crime aconteceu na cidade de Bocaiúva do Sul, região metropolitana de Curitiba.
O carro onde a perícia encontrou o sangue foi o mesmo veículo em que Mariza foi vista pela última vez em imagens de câmera de segurança. No dia 30, ela seguia para um ponto de ônibus quando o suspeito parou de carro e ofereceu carona. Depois disso, ela nunca mais entrou em contato com a família.
Correia já era considerado suspeito de ter envolvimento com o sumiço da mulher, mas assumiu ter praticado o crime depois de ser baleado em uma suposta tentativa de assalto e ter seu veículo encontrado pela polícia.
Suspeito de matar ex-amante assume o crime
Em um primeiro depoimento, Correia alegou que tinha vendido o carro três dias depois do desaparecimento de Mariza, mas a polícia não acreditou na versão dele.
Na manhã de sexta, depois de ser internado, ele confessou que o carro ainda era dele e que Mariza tinha pego carona no dia do desaparecimento. Só depois que o automóvel foi encontrado na divisa entre Pinhais e São José dos Pinhais, ele assumiu para a advogada que tinha matado a ex-amante.
Buscas pelo corpo de Mariza
O homem também revelou que acertou pelo menos três facadas na vítima dentro do carro, no pescoço e no peito da mulher e jogou seu corpo em uma região de mata em Bocaiúva do Sul. Desde então, equipes da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, familiares e amigos de Mariza estão mobilizados em busca do cadáver da mulher.
Os trabalhos estão concentrados em uma estrada marginal à BR-476. Enquanto dezenas de pessoas percorrem os terrenos da região, bombeiros fazem buscas em pela extensão de um rio que passa pela região. Até as 17 horas, o corpo ainda não tinha sido encontrado.
Suspeito baleado
Enquanto a Polícia Civil de Bocaiúva do Sul trabalha no caso de Mariza, investigadores de Curitiba investigam o possível atentado sofrido por Correia. Ele foi baleado no Parque Náutico, no bairro Boqueirão, e disse aos policiais que tinha sido assaltado e passou a madrugada escondido nas cavas do parque.
Aos guardas municipais que atenderam a situação, ele disse que estava sendo seguido enquanto voltava do almoço e foi se esconder no Parque Náutico. Ele disse que quatro homens em um carro preto atiraram em sua direção e fugiram levando vários pertences.
A polícia ainda investiga se essa versão é verídica ou se teria alguma relação com o desaparecimento de Mariza. A defesa de Sergio Correia acredita que familiares da mulher podem ter participação do crime, e também não está descartado que o suspeito teria atentado contra a própria vida.
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