Atentado em Cambé: jovem de Pernambuco foi mentor do crime, diz Polícia Civil

Com a colaboração de Polícia Cicil

A Polícia Civil (PC) concluiu o inquérito policial do atentado ao Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, no Norte do Paraná. Um rapaz de Pernambuco é suspeito de ser o mentor do crime.

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Foto: Silvano Brito

O ataque, ocorrido em 19 de junho, causou a morte de dois adolescentes que estudavam na escola. Karoline Verri Alves, de 17 anos, foi baleada e morreu na hora. O namorado da jovem, Luan Augusto da Silva, de 16 anos, também foi atingido e morreu horas depois no hospital.

O delegado-chefe da Subdivisão da PC em Londrina, Fernando Amarantino Ribeiro Gonçalves Amorim, e o delegado titular da Delegacia de Cambé, Paulo Henrique Costa, deram mais detalhes do inquérito em entrevista coletiva.

O autor do crime, de 21 anos, foi preso em flagrante, mas foi encontrado morto na prisão dois dias depois do crime. Ele estudou no colégio Helena Kolody até o 7º ano do Ensino Fundamental, e a instituição em 2014. 

Outros quatro homens foram presos durante a investigação, suspeitos de envolvimento. Dois foram indiciados por homicídio qualificado, e dois estão sendo investigados por comércio ilegal de armas de fogo.

O inquérito será encaminhado nesta quarta-feira (28) à Justiça.

Jovem preso em Pernambuco planejou atentado em Cambé

Horas após o crime, o autor do crime detalhou à polícia o planejamento do ataque e afirmou que não conhecia as vítimas.

Com base no depoimento do assassino, a polícia chegou até os outros suspeitos.

Um deles é um homem de 18 anos preso em Gravatá, no estado de Pernambuco, que conheceu o autor do atentado em Cambé pela internet. Ele é apontado como mentor intelectual da invasão e auxiliou no planejamento do ataque.

“Mensagens encontradas no celular do autor mostram que o jovem de Gravatá o incentivou a cometer o crime”, informou Fernando Ribeiro.

O rapaz foi indiciado por homicídio doloso. Ele já era investigado pela polícia de Pernambuco por, quando ainda era menor de idade, armazenar imagens de crianças em cenas de sexo e terrorismo.

O outro preso, de 21 anos, era morador de Rolândia e amigo do atirador. Segundo a polícia o homem, preso no mesmo dia do ataque, auxiliou na compra dos materiais e no planejamento do crime.

Dois dias antes do ataque, os dois se encontraram no Ginásio de Esportes de Rolândia, tiraram fotos e gravaram vídeos para serem postados minutos antes do atentado. O homem de 21 anos continua preso e foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado.

Suspeitos de fornecer a arma do crime estão presos

Outros dois homens moradores de Rolândia, de 35 e 39 anos, foram presos por envolvimento no ataque em Cambé.

Eles são suspeitos de colaborar com o fornecimento da arma de fogo e munições empregadas no ataque. Conforme a investigação, a princípio, nenhum deles sabia que a arma seria utilizada no ataque ao colégio.

O autor do crime relatou ter adquirido a arma de fogo e as munições em abril, quando soube que havia uma pessoa na cidade vendendo a arma. Ele enviou mensagem e realizou a compra. Os homens estão sendo investigados por comércio ilegal de arma de fogo e munições. Eles já têm passagens por por porte ilegal de armas, tráfico de drogas, furto, receptação e violência doméstica.

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