O homem acusado do crime que deixou mãe e filha mortas em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), fugiu da prisão no último domingo (14). Wilson de Jesus Farias deixou o Complexo Médico Penal, em Pinhais, junto com outro detento.
Wilson é suspeito dos homicídios Daniele Richalski Favaro, de 41 anos, e Emillyn Richalski Tracz, de 17 anos, na noite do dia 11 de janeiro deste ano. As vítimas, mãe e filha, foram executadas com tiros na cabeça e nas costas.
Em nota, o Departamento de Polícia Penal (Deppen) informou que está investigando a fuga:
A Polícia Penal do Paraná informa que no último domingo (14), duas pessoas privadas de liberdade, que cumpriam suas penas no complexo médico penal, empreenderam fuga. Os policiais penais da unidade imediatamente iniciaram as buscas, mas não obtiveram sucesso. Prontamente, comunicaram as autoridades competentes, e demais procedimentos administrativos internos estão em andamento para apuração dos fatos.
A defesa de Wilson afirmou que acredita que a fuga do acusado foi por “desespero”. O homem teria tentado suicídio na prisão.
A defesa do Acusado WILSON DE JESUS FARIAS, na pessoa de Daniely Mulinari de Lima, esclarece que tomou conhecimento da fuga do seu cliente do Complexo Médico Legal, a qual ocorreu na data de ontem dia 14/05.
Contudo, embora ainda não tenha tido contato com o mesmo, afirma que acredita que a fuga se deu por desespero do Acusado, o qual já havia tentado dois suicídios na Cadeia de Campo Largo e por tal motivo foi encaminhado ao CMP. onde mais uma vez tentou suicidio com a medicação que recebia e guardava diariamente.
A defesa não pode adiantar muito nesse momento, mas a aflição de Wilson era justamente por ser pessoa inocente neste caso e ter total conhecimento dos executores do crime e real motivo dos fatos, porém, não ter dado tempo para que isso fosse apresentado judicialmente.
Wilson também temia que os executores fizessem mal a sua família para impedi-lo de trazer a verdade a tona.
Mãe e filha teriam sido mortas para suspeito eliminar provas de estupro, diz polícia
Wilson de Jesus Farias foi preso pelo crime em março. De acordo com a Polícia Civil, el teria matado Daniele Richalski Favaro e Emillyn Richalski Tracz para eliminar provas de um estupro contra a adolescente.
O suspeito era padrinho de Emillyn e teria cometido o crime quando a vítima tinha 11 anos, de acordo com a Polícia Civil.
“O que teria motivado o crime seria os supostos abusos que a jovem teria sofrido no início da adolescência. Ela teria avisado a mãe e enviado os ‘prints’ das conversas sobre as relações sexuais que eram mantidas”, afirmou na época da prisão o delegado Ademair Braga.
Leia mais sobre o caso: