Chacina no Portão: pistolas apreendidas em SC podem ter relação com o crime

A Polícia Civil continua trabalhando para tentar identificar os autores da chacina no bairro Portão, em Curitiba, e uma apreensão realizada no município de Araquari (SC) pode ser uma peça-chave nesse quebra-cabeça. Um adolescente de 16 anos foi detido no estado vizinho portando duas pistolas calibre 9mm, o mesmo usado no crime. Quatro pessoas foram mortas, incluindo duas crianças, e outras três ficaram feridas a tiros.

Foto: Reprodução/Rede Massa

A informação ainda não foi confirmada oficialmente pela Polícia Civil do Paraná, que investiga o caso, principalmente porque o adolescente foi liberado depois de prestar depoimento por ser menor de idade.

A abordagem que resultou na apreensão das armas aconteceu na BR-101, quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tentou abordar um Ford Focus. O motorista do carro acelerou e houve uma perseguição até que ele perdesse o controle da direção e saísse da pista. Os dois ocupantes desceram do carro e fugiram em direções opostas, obrigando os policiais a escolherem apenas um para perseguir a pé.

O rapaz de 16 anos era o motorista e foi detido pela PRF. Dentro do carro foram apreendidas as duas pistolas e vários carregadores. O veículo tinha sido roubado na Avenida Iguaçu, em Curitiba, na tarde de segunda-feira (7), horas antes da chacina que chocou o Paraná. A polícia acredita que os criminosos tenham roubado esse veículo justamente com a intenção de fugir do local do atentado, já que o veículo que aparece nas câmeras de segurança foi incendiado logo após os crimes.

Como o jovem foi liberado e deve ficar escondido, a Polícia Civil do Paraná não poderá contar com o depoimento dele e, por isso, a investigação acabou prejudicada. As armas e munições apreendidas serão periciadas numa tentativa de ligá-las ao crime, e o dono do veículo roubado também será identificado para prestar esclarecimentos sobre as circunstâncias do assalto.

Relembre o caso

Câmeras de segurança mostram o momento em que o carro onde as vítimas estavam parou no acostamento da rua. Um dos passageiros desce e fica ao lado do veículo; segundos depois, um Ford Ka para ao lado e dispara contra os ocupantes. Um dos atiradores chega a descer do carro.

Duas famílias estavam no veículo. Anderson Olímpio Bueno Miranda, de 28 anos, e Bruna Bispo Dias, de 20 anos, morreram na hora com os tiros. Bruna era mãe de Guilherme Bispo, de apenas dois anos, que foi socorrido, mas morreu no hospital. Uma criança identificada como Christopher Augusto Vaz, de sete anos, morreu no local.

Facção criminosa

A polícia acredita, pelo histórico dos envolvidos, que Anderson era o alvo dos atiradores. Ele já pertenceu a uma facção criminosa que atua em Santa Catarina e no Paraná e essa teria sido a provável motivação para o crime, conforme a polícia apurou até o momento.

Também já está praticamente confirmado, pelo depoimento de sobreviventes, que as vítimas foram atraídas para uma armadilha. Sobreviventes contaram que eles deram uma carona para as vítimas encontrarem uma pessoa naquele endereço. Chegando lá, a chacina aconteceu.

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