Em deslocamento de 16 km (ida e volta) do bairro ao Centro de Curitiba com o carro mais econômico do mercado, o motorista gasta mais que o dobro do que se optasse pelo transporte público.
Para os 16 km (média percorrida em ida e volta pelos usuários dos BRTs na ligação bairro-Centro) com um veículo 1.0 flex seriam necessários R$ 540 mensais. Este valor leva em conta o gasto com gasolina (cerca de R$ 150 em 20 dias úteis), o IPVA mensal (R$ 140) e a mensalidade média de um estacionamento no Centro (R$ 250).
Já na opção pelo ônibus, com o pagamento de duas passagens diárias, o valor mensal chegaria a R$ 220, dispensados os custos com IPVA, estacionamento e gasolina. Nesse cálculo ainda não estão considerados seguro do carro, nem gastos com revisões, e o investimento na compra do veículo.
O alto custo para manter um carro próprio, somado aos constantes aumentos dos combustíveis, têm feito com que a população busque outros meios de deslocamento.
Um trabalho recente feito por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), tendo por base o BRT de Curitiba, aponta para um aumento de 5 mil passageiros no sistema de transporte a cada aumento de R$ 0,10 na gasolina.
As conclusões da pesquisa, que aponta a relação direta entre o aumento dos combustíveis e o crescimento da busca pelo transporte público, foram publicados na revista Sustainability, referência internacional em pesquisas interdisciplinares sobre sustentabilidade ambiental, cultural, econômica e social.
Indutor do desenvolvimento
Como parte integrante da base do planejamento da cidade, o transporte público de Curitiba tem sido, ao longo da história recente da capital paranaense, o indutor do desenvolvimento e o vetor para a captação de investimentos em projetos estruturantes com financiamentos externos.
Informações da Prefeitura de Curitiba