Um casal, dono de uma distribuidora no bairro Lindoia, em Curitiba, acusou a Polícia Militar do Paraná (PMPR) de abusos e agressões durante uma fiscalização no estabelecimento. A ação foi registrada por câmeras de segurança.
De acordo com os empresários, as equipes da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (AIFU) estavam realizando uma fiscalização na distribuidora quando os abusos começaram.
“Eu ia tirar foto antes deles levarem a mercadoria porque o tenente falou que eu poderia. Porém, falaram que eu estava atrapalhando o trabalho deles”,
diz a empresária.
Nas imagens, é possível ver que a mulher estava mexendo no celular quando os policiais a puxaram pelo cabelo. Na sequência, iniciou-se uma discussão entre a PM, a mulher e um amigo do casal.
“Ele começou a passar a garrafa por cima de mim, me ‘encoxando’. Falei que se a esposa dele visse isso, não ia gostar […] ele falou que ia me algemar, pegaram o meu celular”,
conta a empresária.
A empresária afirmou, ainda, que os policiais alegaram que houve desacato e interferência no trabalho deles. Em seguida, segundo a mulher, um policial a pegou pelo braço para ela ser algemada: “Me levaram para fora do estabelecimento, não deixaram mais eu entrar lá”.
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Após a abordagem, a PM entrou na casa do casal. Os dois relataram que as equipes acessaram a residência sem nenhum morador acompanhando.
“Não tinha motivo para agredirem a minha esposa […] não temos um resquício de crime e passamos por isso. Invadiram a minha casa sem mandado”,
conta o marido.
A mulher foi levada à delegacia e, no local, ela assinou um termo circunstancial e foi liberada. Ela afirmou que foi em uma unidade de fratura para passar por exames e que o médico fez um laudo de escoriações.
“Vou até a delegacia fazer um boletim de ocorrência ,exame de corpo delito, a denúncia contra os policiais na corregedoria da PM e tomar as medidas cabíveis”,
afirmou a mulher.
O Massa News entrou em contato com a PMPR, que inicialmente comunicou que não iria se manifestar sobre o caso. No início da tarde desta quinta (17), a corporação informou em nota que irá apurar o caso internamente.
O Comando de Policiamento, responsável pela Ação Integrada de Fiscalização Urbana, tomou conhecimento do ocorrido e decidiu pela instauração de um procedimento administrativo para o esclarecimento dos fatos.