O primeiro dia de julgamento de Marcos Antônio Ramon e Wagner Cardeal Oganauskas, acusados de serem o mandante e o executor do assassinato de Ana Paula Campestrini foi bastante movimentado.
A sessão começou por volta das oito e meia da manhã, desta quinta-feira (23).
No júri, os servidores pediram que familiares e amigos tirassem as camisetas de luto, ou com alusão a Ana Paula, para não influenciar os jurados.
Depoimento das testemunhas
Antes do almoço duas testemunhas de acusação do réu Wagner Cardeal Oganauskas, ex-marido de Ana Paula foram ouvidas. Dona izabel, foi a primeira testemunha a falar.
Ela foi funcionária por 27 anos, e falou sobre o valor de 38 mil reais que Wagner transferiu para a conta do clube e pediu a funcionária para transferir para a conta da prima de Marcos, que era como ele recebia sempre. Esse valor teria sido usado para pagar o assassinato da Ana Paula campestrini, de acordo com a investigação.
Em seguida a delegada responsável pelo inquérito, deu detalhas da investigação.
No início da tarde foi ouvida a empregada da família, que prestou serviços ao casal por onze anos. Ela afirmou que ligava para Ana Paula escondida de Wagner, para que os filhos pudessem falar com a mãe.
Na sequência, a amiga em comum da vítima e do ex-marido, Ana Paula Passos entre outras coisas, falou que depois que Ana Paula entrou na justiça pedindo a partilha de bens, as dificuldades fórum aumentando e confirmou que ela ficava do lado de fora do clube vendo os filhos do lado de dentro.
A companheira da Ana Paula Campestrini, Luana Oliveira de Melo, foi ouvida no final da tarde. Ela se emocionou muito e chorou durante o depoimento.
Houve discussão entre a defesa e a acusação
Três testemunhas de defesa de Wagner foram também foram ouvidas, entre elas a filha de Ana Paula e Wagner, que na época do assassinato da mãe tinha dezessete anos. O depoimento dela foi um dos mais longos.
Durante o depoimento os advogados de defesa e acusação discutiram bastante. A live transmitida pelo Youtube precisou ser interrompida. Outra situação que gerou discussão entre as partes foi o momento em que o assistente de acusação relatou que um irmão de Wagner estava no local pedindo justiça por Ana Paula.
Wagner Cardeal Oganauskas negou ter participado do crime
O interrogatório do réu, Wagner Cardeal Oganauskas começou por volta das dez e meia da noite. Ele negou ter partcipado da morte da ex-mulher.
O júri terminou por volta da meia-noite e quarenta, e deve ser retomado as oito e meia da manhã, com o depoimento de Marcos Ramon, réu acusado ser o executor do assassinato de Ana Paula.
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