Caminhada de combate ao feminicídio reúne milhares de pessoas em Curitiba

Com a colaboração de Agência Estadual de Notícias

Cerca de 2 mil pessoas se reuniram no Centro de Curitiba neste sábado (22) para a 1ª Caminhada do Meio-Dia, no Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. O evento foi promovido pelo Governo do Paraná e ocorreu em mais de 70 municípios paranaenses.

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Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

Parentes, amigos, autoridades, representantes da sociedade civil organizada e lideranças religiosas se reuniram em memória das vítimas de feminicídio, em todo o Paraná. Durante todo o trajeto foram exibidos cartazes, balões e faixas, pedindo a conscientização da população na luta

Em Curitiba, a passeata teve início na Praça Santos Andrade e ao meio-dia, em ponto, com o badalar de sinos, houve um minuto silêncio em respeito às vítimas. Em seguida os participantes atravessaram diversas  ruas do centro da cidade em direção à tradicional Boca Maldita.

Vestida de branco, em uma alusão à paz, a ex-modelo e ativista no combate à violência contra as mulheres, Luiza Brunet, participou da caminhada e se emocionou com a iniciativa.  “Esse movimento representa a conscientização da luta contra o feminicídio no Brasil e no mundo. O aumento  gradativo no número de casos é assustador e a única forma de pararmos com isso é levando essa conscientização real para as pessoas”, afirmou Brunet. “A sociedade precisa se mobilizar e se orientar no sentido de observar as mulheres que estão em sofrimento, se posicionando, denunciando e motivando essas mulheres a buscarem ajuda”, completou.

Combate ao feminicídio no Paraná

 O Dia Estadual de Combate ao Feminicídio foi criado após uma lei sancionada pelo governador Ratinho Junior. O dia 22 de julho foi escolhido em referência à morte da advogada Tatiane Spitzner, de Guarapuava. Spitzner foi morta pelo marido em 2018, ao ser jogada da sacada do apartamento onde o casal morava. Luiz Felipe Manvailer foi condenado a mais de 30 anos de prisão pelo crime. 

Em Guarapuava, parentes e amigos da advogada estiveram presentes na caminhada. Cartazes, faixas e dezenas de cruzes foram expostas em memória das vítimas. Bruna Spitzner, prima de Tatiane e procuradora da Mulher na Câmara de Vereadores de Guarapuava, esteve na caminhada e falou pela família. “Todo ano vai doer, é uma data que não tem como passar em branco, não tem como não lembrar. Por que não transformar isso em uma luta? Não foi só a Tati, ela não foi a primeira e não foi a última. A data é importantíssima para que a gente olhe para o problema de fato. Essas são mortes evitáveis!”, lamentou.  

Segundo dados do Ministério Público do Paraná (MP-PR), em 2022 foram registrados 274 casos de feminicídio ou tentativa de feminicídio no Estado. De 2019 a 2022, foram 314 feminicídios e 911 homicídios dolosos contra mulheres.

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