Carga de coronavírus em esgotos de Curitiba quadruplicou nas últimas três semanas

A Rede Monitoramento Covid Esgotos publicou nesta quinta-feira (5) uma Nota de Alerta para Curitiba. A coleta de dados detectou um aumento expressivo na carga do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no esgoto da capital paranaense nas três últimas semanas epidemiológicas de 2022. 

Foto: Daniel Castellano/SMCS

De acordo com o estudo, esse crescimento também foi acompanhado pela elevação do número de novos casos de covid-19 na cidade.

A nota informa que nas semanas epidemiológicas 16, 17 e 18 foram
registradas cargas virais no esgoto iguais a 214, 149 e 213 bilhões de cópias genômicas do SARSCoV-2 por dia por 10 mil habitantes, respectivamente. Esses valores são de 4 a 6 vezes superiores ao valor registrado na semana anterior (SE 15 – 12 de abril), que foi igual a 34 bilhões de cópias genômicas do SARS-CoV-2 por dia por 10 mil habitantes.

Segundo a Nota, os dados da carga da covid-19 para Curitiba foram obtidos pela soma das cargas de cinco Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) monitoradas, que juntas abrangem toda população da capital paranaense e uma parte dos moradores da região metropolitana.

O professor Ramiro Gonçalves Etchepare, do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e um dos pesquisadores da Rede Monitoramento Covid Esgotos, reforça que não há evidências sobre a possibilidade de transmissão do Sars-CoV-2 por meio do esgoto. “Não há relatos documentados de que o vírus tenha capacidade de infecção e replicação quando presente em resíduos fecais, esgoto sanitário e na água. Pesquisas indicam que nunca foi descrita infecção por Covid-19 por esses meios de exposição”.

Sobre a Rede Monitoramento COVID Esgotos

A Rede Monitoramento Covid Esgotos foi criada com intuito de ampliar a disponibilidade de informações para o enfrentamento da pandemia do coronavírus, por meio do monitoramento do Sars-CoV-2 nos esgotos das capitais brasileiras Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e do Distrito Federal.

A Rede é coordenada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações de Tratamento de Esgotos Sustentáveis (INCT ETEs Sustentáveis) e pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em Curitiba, especificamente, o projeto é coordenado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e conta com o apoio da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).

Informações mais detalhadas sobre os pontos de monitoramento, incluindo a justificativa para o monitoramento de cada ponto, podem ser obtidas no Boletim de Apresentação da Rede. O histórico de resultados da Rede pode ser consultado nos Boletins de Acompanhamento, disponíveis na página da ANA.

Informações da UFPR

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