Céu vermelho em Curitiba? Entenda o que pode explicar o fenômeno

Desde o início da semana, os curitibanos vêm percebendo um céu mais avermelhado do que o normal no fim da tarde. Em outros municípios brasileiros, que também apresentaram o mesmo fenômeno, foi confirmada a hipótese de que o céu estava em tons rosados por conta de uma grande erupção de um vulcão em Tonga, na Oceania, no dia 15 de janeiro deste ano.

Com a erupção do vulcão, que causou tsunamis em Tonga e até mesmo em outros países da Oceania, Ásia e América, toneladas de partículas de cinzas e poeiras foram lançadas na atmosfera. Este material, transportado por ventos atmosféricos, pode ser o motivo do céu ficar com tons de rosa, vermelho, laranja e violeta.

Não é possível precisar se o motivo do céu “diferente” em Curitiba e nos outros municípios paranaenses também tem relação com o vulcão de Tonga. De acordo com Lizandro Jacóbsen, meteorologista do Simepar, durante o verão o pôr do sol já fica mais avermelhado, porque os raios solares incidem na atmosfera em uma posição diferente do que ocorre no restante do ano.

Além disso, segundo o meteorologista, queimadas também expelem partículas na atmosfera, que são chamadas de “material particulado”. Dessa forma, tanto os resíduos resultantes da erupção do vulcão como das queimadas podem deixar o céu com tons avermelhados. Lizandro relembra que, em 2011 e 2015, foi confirmado que erupções de vulcões no Chile causaram mudanças no céu no Sul do Brasil.

Por causa do tempo seco, o céu deve continuar em tons de rosa e vermelho até quinta-feira (3) aqui no Paraná. Isso porque uma frente fria deve chegar no estado na sexta-feira (4), e a chuva deve limpar os resíduos da atmosfera. “Então todo esse material particulado que está suspenso acaba sendo transportado, ou até mesmo eliminado, e assim o céu volta a ter uma coloração que estamos acostumados”, explica Lizandro Jacóbsen.