Curitiba investiga segundo caso suspeito da varíola dos macacos

Após confirmar o primeiro caso da varíola do macaco em Curitiba, no domingo (3), a capital investiga um segundo caso suspeito, de acordo com divulgação nesta segunda-feira (4). O novo caso em investigação também é importado. Trata-se de homem, de 29 anos. Em princípio, não há qualquer vinculação entre os dois casos.

Foto: Divulgação/Cosems-SP

O primeiro caso, já confirmado, trata-se de um homem, de 31 anos, com histórico de viagem ao estado de São Paulo, entre os dias 16 e 18 de junho.O paciente, que passa bem, continua sendo monitorado e está em isolamento em casa. Os contatos diretos dele também estão sendo observados.

Preparação da rede

De acordo com a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, a Secretaria, assim como os serviços de saúde do município, estão prontos para atender, monitorar e encaminhar os casos suspeitos da doença.

“As autoridades de saúde municipais, estaduais e nacionais estão mobilizadas para identificar as pessoas que tiveram contato com indivíduos positivos para o vírus monkeypox, para que possam monitorar sua saúde e evitar o espalhamento da doença”, explicou Beatriz Battistella.

A secretária municipal da Saúde alerta que não há motivo para pânico em relação a monkeypox. “Essa doença tem um prognóstico muito benigno. Ou seja, salvo raríssimas exceções, não há agravamento do paciente, bem diferente do quadro que tínhamos do coronavírus no início da pandemia”, completa.

Além disso, lembra Beatriz, não há transmissão comunitária do vírus na cidade, uma vez que o caso confirmado é importado.

Segundo a secretária, esse vírus exige um contato mais íntimo, para que ocorra a transmissão. “Ao contrário de outros vírus muito transmissíveis, como o coronavírus, o influenza ou o do sarampo, esse vírus deste tipo de varíola exige um contato direto principalmente com as lesões de pele para que ocorra a transmissão”, explica.

Mesmo assim, segundo a secretária, o isolamento do paciente com suspeita é fundamental para não expor outras pessoas ao risco.

Orientações

Neste momento, em relação à monkeypox, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba orienta maior atenção para pessoas que venham a apresentar na pele pústulas (bolinhas vermelhas com pus) após viajar para locais que já declararam surto ou depois de ter contato íntimo com alguém diagnosticado recentemente com a doença. 

“Neste caso, a orientação é procurar um serviço de saúde, para investigação, pois esses sintomas são comuns a várias doenças, e somente um profissional de saúde poderá avaliar para notificar a SMS e orientar corretamente o paciente”, explica o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira.

Ele lembra que, para a definição de casos suspeito, não basta a presença de lesões da pele. “É fundamental a informação epidemiológica de contato com pessoa diagnosticada com a doença ou da viagem”, diz. “Várias doenças alérgicas ou infecciosas como a varicela ou catapora se caracterizam por lesões do tipo vesículas e pústulas, mas que não têm nada a ver com a infecção pelo vírus monkeypox”, explica.

Em caso de dúvida, a Central 3350-9000 da SMS também pode ser acionada pela população, caso a pessoa apresente lesões na pele e tenha tido contato com suspeito ou viagem recente. “Após o contato com a Central, caso seja indicado, o paciente será orientado e encaminhado para um serviço de saúde, em caso de necessidade”, diz a secretária.

Perguntas e respostas

O que é a monkeypox?

É uma doença causada pelo vírus monkeypox

Como se transmite?

A transmissão entre humanos ocorre por meio do contato direto com as lesões de pele de pessoas infectadas, secreções ou objetos contaminados por secreções contendo o vírus

Quais são os sintomas?

A pessoa infectada apresenta lesões na pele de uma ou mais partes do corpo (rosto, pernas, braços, tronco ou região genital) e que podem se espalhar para outras partes do corpo nos dias seguintes

As lesões lembram as da varicela (catapora), com a diferença de que estão todas no mesmo estágio de evolução. A pessoa pode ter também febre, presença de “íngua” pelo corpo, dor de cabeça, dor muscular, calafrios e fraqueza.

O que fazer se apresentar alguma lesão como essa?

Neste momento, em relação à monkeypox, a SMS orienta maior atenção para pessoas que venham a apresentar na pele pústulas (bolinhas vermelhas com pus) após viajar para locais que já declararam surto ou depois de ter contato íntimo com alguém diagnosticado recentemente com a doença. Em caso de dúvidas, procure a sua unidade de saúde de referência ou ligue na Central de Atendimento 3350-9000, que funciona todos os dias, das 8h às 20h.

E se eu tiver contato com alguém com essas lesões?

De forma geral, precisa aguardar ter algum sintoma para iniciar a investigação com exames. Em caso de dúvidas, ligue na Central 3350-9000.

Qual o tratamento para monkeypox?

Não existe tratamento específico. O tratamento é baseado no alívio de sintomas como dor e febre. A evolução da doença é benigna.

Precisa fazer isolamento domiciliar?

Pessoas com suspeita de monkeypox devem cumprir isolamento domiciliar. No atendimento médico, será fornecido um atestado de 10 dias ou até vir o resultado dos exames. Após a reavaliação médica e dos resultados, se for confirmada monkeypox, o período de isolamento deve durar até que todas as lesões estejam curadas.

Informações da Prefeitura de Curitiba

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