Três empresas de mídia e seis pessoas foram denunciadas e se tornaram rés pelo corte ilegal de árvores em Curitiba. Eles respondem por crimes ambientais e associação criminosa, denúncia aceita pela 10ª Vara Criminal da capital paranaense.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), os suspeitos se uniram para fazer cortes ilegais de árvores em várias regiões da cidade. O objetivo era dar mais visibilidade aos painéis e outdoors publicitários das empresas.
Em julho, os empresários e funcionários chegaram a ser presos temporariamente em operação da Polícia Civil.
Empresas de mídia denunciadas por corte de árvores
Conforme a denúncia, “os integrantes da associação criminosa apresentam-se vinculados a três pessoas jurídicas aparentemente distintas […], mas que atuam no mesmo ramo comercial e que compartilham, em momentos distintos e de maneira alternada, os mesmos funcionários e/ou gestores, ora integrantes da associação criminosa”.
De acordo com a denúncia, os membros do grupo percorriam todos os locais onde os painéis das empresas estão instalados para conferir a visibilidade.
Caso houvesse árvores perto desses outdoors que pudessem atrapalhar a exposição dos anúncios, “os integrantes da associação criminosa contratam prestadores de serviço terceirizados e determinam o corte e/ou poda de árvores, de qualquer tamanho ou espécie, sem autorização do órgão ambiental competente”, segundo o MPPR.
- Ruas do Centro Cívico serão bloqueadas neste domingo (27)
- Carro bate em árvore e motorista dorme até chegada do socorro
- Empresário com delivery de maconha é preso em área nobre de Curitiba
Foram identificados pelo menos 45 casos de corte ilegal de árvores pelos denunciados, que, de acordo com o MPPR, atuam no cometimento dos crimes de forma reiterada e estável há pouco mais de três anos.
A denúncia cita os crimes de associação criminosa, destruição de vegetação do Bioma Mata Atlântica e destruição de plantas de ornamentação de logradouros públicos, com diversas circunstâncias agravantes.
Em caso de condenação, as penas podem passar de dez anos de prisão, além do pagamento de multa.