Na manhã desta terça-feira (3), foi sepultado o corpo do fotógrafo André Muniz Fritoli, de 32 anos, vítima do tiroteio iniciado pelo policial federal Ronaldo Massuia Silva na madrugada de segunda (2). O caso aconteceu em um posto de combustíveis localizado no bairro Cristo Rei, em Curitiba.
André e uma amiga tinham acabado de voltar de um show e pararam na loja de conveniência do posto para comer alguma coisa antes de ir para casa. Eles estavam na última mesa do local quando Ronaldo entrou e começou o tiroteio, que atingiu outras três pessoas.
Muitos familiares e amigos estiveram presentes no velório do fotógrafo, inconformados com a perda precoce. André era conhecido no setor de eventos de Curitiba, e profissionais da área que estavam prestando sua homenagem contaram que ele era uma pessoa muito tranquila e querida por todos. O sepultamento foi no Cemitério Municipal do Água Verde.
Saiba mais sobre o caso:
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Um policial federal, identificado como Ronaldo Massuia Silva, de 40 anos, iniciou um tiroteio ao entrar em uma loja de conveniência de um posto de combustíveis no bairro Cristo Rei, em Curitiba, na madrugada desta segunda-feira (2).
Imagens de câmera de segurança do local mostram que Ronaldo entra na loja e começa a disparar nas pessoas que estavam no estabelecimento. Ele chega a sair do local e, em seguida, retorna e efetua mais alguns disparos.
Quatro pessoas foram atingidas. O fotógrafo André Muniz Fritoli, de 32 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu dentro da ambulância do Corpo de Bombeiros. A motorista de aplicativo Priscila Dal Negro foi atingida por três tiros: um no peito, um na barriga e outro na perna.
Ao lado dela estava o namorado, Eduardo da Cruz, também motorista de app. Ele foi atingido nos joelhos e no pulso e ainda perdeu a visão do olho esquerdo por conta de estilhaços de vidro. A quarta vítima ainda não foi identificada.
Segundo a polícia, a pistola 9mm com espaço para 17 cartuchos foi completamente descarregada durante o ataque do policial.
Ronaldo está preso na Superintendência regional no Paraná da Polícia Federal, em Curitiba. Na tarde desta terça-feira (3), deve acontecer a audiência de custódia para saber se ele vai ou não responder em liberdade. No depoimento à polícia, ele afirmou estar emocionalmente abalado.
Novos vídeos divulgados mostram o que seria o início da confusão. O policial se envolveu numa discussão e levou alguns socos quando estava na fila do caixa.