Os professores da rede municipal de ensino irão retomar a greve nesta quinta-feira (17), em mobilização do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac). A paralisação ocorre em razão das discordâncias da categoria com o plano de carreira apresentado pela Prefeitura.
A primeira paralisação ocorreu no dia 8 de agosto e, a partir desta data, foi aguardado por uma semana que a Prefeitura de Curitiba mostrasse propostas que melhorassem o projeto que está em tramitação na Câmara Municipal.
Como não houve retorno, o Sismmac, decidiu suspender as aulas novamente:
“Até o momento, os sindicatos que representam servidoras e servidores de Curitiba não foram chamados para reunião para negociar os pontos problemáticos dos projetos de lei dos planos de carreiras, enviados pela Prefeitura para a Câmara dos Vereadores”,
diz o sindicato.
Dessa forma, o Sismmac afirmou que fará uma live nesta quarta-feira, às 18h30, para organizar a greve do magistério. O sindicato reforçou que vai seguir com a construção da greve com muita força, mobilizando as escolas e dialogando com as comunidades e com a população de Curitiba.
“Nossa mobilização nesta quinta-feira começará às 9h, em frente à Prefeitura de Curitiba”,
afirmou o Sismmac.
O Massa News entrou em contato com a Prefeitura de Curitiba que informou que até o momento, não tem um posicionamento sobre a greve.
Greve dos professores em Curitiba
A greve em Curitiba acontece devido as discordâncias da categoria com o plano de carreira apresentado pela Prefeitura. O novo plano, segundo os professores, não permite que todos os professores tenham crescimento na carreira.
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Em 2017, o plano de carreira de servidores municipais foi suspenso até 30 de agosto de 2023, por falta de recursos, segundo a prefeitura. Quase seis anos depois, um novo projeto está tramitando na Câmara de Vereadores.
O plano de carreira horizontal, relativo à formação continuada dos profissionais, prevê que apenas 20% dos professores têm direito ao plano a cada dois anos, nos anos pares – 80% da categoria ficaria de fora.
O plano vertical, que diz respeito ao crescimento profissional com base na qualificação, prevê que 5% dos professores sejam enquadrados a cada dois anos, nos anos ímpares. Ou seja, 95% ficariam de fora.
Os professores alegam que o novo plano é injusto e que não garante oportunidades iguais para todos os profissionais. Eles pedem que a Prefeitura reveja o plano e que apresente uma proposta que seja mais justa para a categoria.