Nos últimos dias, circulou em grupos de WhatsApp em Curitiba um alerta de que pessoas portadoras de HIV estariam espalhando o vírus por meio de um teste de glicemia. Estes grupos estariam se passando por falsos enfermeiros e entrando nas casas com o pretexto de medir a glicose.
A mensagem ainda diz que a ação seria a mando da “Baleia Azul”, jogo que alertou órgãos de saúde em 2017 porque encorajava jovens a tirar a própria vida por meio de desafios online.
A Vigilância Sanitária e a Polícia Militar (PM) teriam feito o alerta. No texto que acompanha a foto, é dito que a mensagem está sendo colocada nas Unidades de Saúde.
O alerta, porém, não é verdadeiro e se trata de uma fake news. Em contato com o Massa News, tanto a PM quanto a Prefeitura de Curitiba desmentiram o boato.
Em nota, a administração municipal ressaltou que agentes de saúde que fazem ações dentro das residências dos moradores estão sempre devidamente uniformizados.
A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba informa que não registrou em suas unidades e UPAs nenhuma ação conforme a descrita neste folheto. Trata-se de uma fake news antiga que voltou a circular. Importante ressaltar que em qualquer ação realizada diretamente nas casas, os servidores estarão uniformizados (jaleco com brasão da Prefeitura) e com crachá. Os moradores podem sempre conferir a identificação dos funcionários da Prefeitura pelo telefone 156.
Também não há relação registrada entre o boato e o jogo Baleia Azul.
Boato de portadores de HIV espalhando vírus por teste de glicemia é antigo
Não é a primeira vez que essa fake news viraliza nas redes sociais. Em 2014, uma reportagem do portal g1 desmentiu um boato parecido que circulou em Petrolina, em Pernambuco.
Na ocasião, a mensagem dizia que um único suposto enfermeiro, portador do vírus da Aids, estaria andando pelas ruas do centro da cidade e utilizando o teste de glicemia para espalhar o vírus.
Em 2019, a mesma foto que circula em 2023 pelos grupos de Whstapp em Curitiba aparece em uma matéria do Metrópoles, que também desmentiu o boato. A mensagem tinha circulado pelo Distrito Federal.
Para informações seguras e verdadeiras sobre Aids/HIV, consulte sempre os órgãos oficiais, como o Ministério da Saúde e as unidades de saúde de sua cidade.