Depois de um ano discutindo a crise de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, em especial após a emergência sanitária causada pela pandemia de covid-19, os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) destinaram R$ 5,9 milhões em emendas coletivas a hospitais e maternidades da capital.
A maior emenda parlamentar ao orçamento de 2023 é dessa classe e destinou R$ 1 milhão ao Hospital Universitário Evangélico Mackenzie.
A Presidente da Comissão de Saúde, vereadora Noemia Rocha (MDB), coordenou a captação de emendas para o Hospital Evangélico, que teve o apoio de 29 dos 38 parlamentares da capital.
A maior contribuição individual foi da própria Noemia Rocha, no valor de R$ 345 mil da cota individual, que neste ano foi de R$ 1,4 milhão por vereador – os demais deram de R$ 10 mil a R$ 50 mil. Os recursos irão ao Fundo Municipal de Saúde, encarregado do repasse para a instituição médica.
Além do Evangélico Mackenzie, receberão recursos das emendas coletivas o Hospital Santa Madalena Sofia (R$ 755 mil), a Santa Casa de Misericórdia (R$ 705 mil), o Hospital Cajuru (R$ 700 mil), o Hospital Erasto Gaertner (R$ 615 mil), a Maternidade Mater Dei (R$ 500 mil), o Hospital Pequeno Príncipe (R$ 307 mil), o Hospital Cruz Vermelha (R$ 350 mil) e o Hospital de Clínicas (R$ 562 mil).
“Quero salientar os hospitais que receberão as emendas coletivas. Foi um esforço muito grande de diálogo com todos os vereadores para suprir demandas das instituições, que prestam serviços à sociedade”, enalteceu Serginho do Posto (União), presidente da Comissão de Economia, durante a aprovação da LOA 2023.
“Quando avançarmos no orçamento participativo, não precisaremos mais das emendas dos vereadores, mas por ora é importante que os setores, que precisem mais, possam ter algum valor para se sustentar”, concordou Josete.
Uma das exceções à Comissão de Saúde foi a articulação de Rodrigo Marcial (Novo) para financiar um projeto de pesquisa do Hospital Pequeno Príncipe sobre doenças raras. Outra foi o envolvimento de Sidnei Toaldo (Patriota) na busca por recursos para a Santa Casa de Misericórdia.
“No ano passado, a gente conseguiu R$ 905 mil e neste ano foram R$ 705 [mil]. As demandas aumentaram muito [daí diminuiu os valores], então agradecemos o apoio dos vereadores a esse hospital e a todos os outros, que salvam vidas”, disse Toaldo.
Informações da Câmara Municipal de Curitiba