Mesmo com a pandemia do coronavírus ainda presente e afetando alguns setores da economia, o mercado de imóveis residenciais usados em Curitiba segue aquecido. De acordo com o índice de Vendas de Usado Sobre Oferta (VUSO), até o mês de agosto, a média de 2021 é a maior registrada nos primeiros oito meses do ano desde 2013, época em que o país vivia o chamado “boom imobiliário”.
Os dados são da última pesquisa realizada pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), ligado ao Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR). Se a média do VUSO Residencial para os meses de janeiro a agosto de 2021 foi de 5,8%, oito anos atrás o valor observado para o mesmo período era de 5,6%.
Também chama atenção o crescimento progressivo constatado nos últimos três meses deste ano. O índice saltou de 6% em junho para 6,7% em julho, chegando a 7% em agosto, valor mais alto registrado em um único mês desde junho de 2013, quando o índice atingiu 8,2%.
“Os resultados recentes são muito expressivos. A média do VUSO de imóveis residenciais no último trimestre, de junho a agosto, foi de 6,6%, 2,9 pontos percentuais a mais do que tivemos no mesmo período do ano passado. Se compararmos com igual período de 2019, o crescimento foi ainda maior: 3,7 pontos percentuais”, comenta o presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, Jean Michel Galiano.
Financiamentos em alta
Vice-presidente de Comercialização Imobiliária do Secovi-PR, Luciano Tomazini frisa que o estudo do Inpespar também apontou que 74,1% dos imóveis usados negociados em agosto de 2021 foram pagos mediante financiamento. O valor é 3,7 pontos percentuais maior em comparação com o que se teve em agosto do ano passado e 10,9 pontos percentuais a mais do observado no mesmo mês de 2019.
“Neste ano, o financiamento foi o método de pagamento utilizado em mais de 70% das transações de imóveis realizadas mensalmente, até agora. Trata-se de um forte indicativo que de os juros estão baixos e que o crédito está farto, o que alavanca o mercado imobiliário não só na capital paranaense, mas em todo o país”, destaca Tomazini.