Já imaginou encontrar um pedacinho do paraíso em meio aos arranha-céus das grandes cidades? Pois o ‘Jardim do Éden’ existe e fica no bairro Bigorrilho, em Curitiba.
O local que lembra o quintal da casa da vovó fica na rua Padre Anchieta, na escadaria que faz a ligação de pedestres com a rua Aristides Athayde Junior.
“Isso é um paraíso, você poder morar num lugar urbano, sair de manhã sentar e tomar sol, ver os vizinhos com os cachorrinhos (…). Nesse jardim tem de tudo, borboleta branca, abelhas sem ferrão”, conta a terapeuta Sineide Cisotto Netto.
‘Jardim do Éden’ foi erguido durante a pandemia
Mas nem sempre o oásis no meio de Curitiba foi assim. Antes da pandemia da covid-19, o local era apenas um matagal que atraía ratos e baratas, além de usuários de drogas e até mesmo traficantes.
O espaço só mudou a partir da iniciativa do professor de português Rubem Gomes Silva. “Eu passava por aqui e esse local me incomodava, tanto a pichação do muro quanto o lixo”, lembra.
Para ele, jardim é poesia, e ele cuida de cada detalhe do Jardim do Éden de Curitiba como se fosse o quintal da própria casa, inspirado em grandes poetas como Fernando Pessoa e seus heterônimos.
Jardim do Éden tem ervas, frutas e muito carinho
“O pessoal pega muito hortelã pra fazer quibe, além de alecrim, capim limão e erva cidreira”, conta o professor Rubem, orgulhoso de ver que os moradores da região aproveitam o espaço, que também tem árvores frutíferas e bancos para descansar.
Mas ele não construiu tudo sozinho e a ajuda de moradores da região foi fundamental, como a empresária Renata Baroni. “O trabalho foi bastante, mãos cortadas, diariamente com enxada, e demorou um tempo para ficar tudo pronto”, relembra.
Teve até participação ilustre na construção do Jardim do Éden de Curitiba: o ex-jogador e ídolo do vôlei brasileiro, o campeão olímpico Giba fez a doação de fertilizantes para contribuir com o projeto.
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Para curtir um pedacinho do paraíso em meio ao caos de Curitiba, não é preciso gastar nada. Basta parar um minuto na correria do dia a dia, sentar em um dos bancos e observar o movimento.
É o espaço ideal para deixar os problemas de lado e se conectar com a natureza, pelo menos por alguns minutos. Tudo graças à iniciativa do professor Rubem e apoio da comunidade. “Se todas as pessoas tivessem a delicadeza do professor, o mundo seria tão melhor, né?”, diz a aposentada Antonia Mussi.