O acusado de matar a fisiculturista Renata Muggiati, Rafael Suss Marques chegou para o julgamento na viatura do complexo médico penal, a Penitenciária Estadual de Curitiba. Por cerca de dez horas o corpo de jurados formado por dois homens e quatro mulheres ouviram o depoimento de testemunhas de defesa e acusação.
A primeira testemunha ouvida foi Obadias de Souza Lima Júnior. Ele era assistente de necropsia no Instituto Médico Legal de Curitiba (IML) quando Renata foi morta. A testemunha afirmou que não atuou no primeiro laudo emitido pelo IML pelo Doutor Daniel Colman, mas trabalhou no processo de exumação do corpo de renata. O novo exame apontou que Renata teria sido esganada até a morte. Ele testemunha disse que chegou a questionar o Doutor Daniel Colman sobre o resultado do exame anterior, mas o médico ignorou e manteve a certeza do resultado anterior. Por outro lado, a defesa do réu tentou a todo instante desqualificar a testemunha, dizendo que ela não tinha capacidade técnica para responder perguntas sobre laudo médico de Renata.
A segunda testemunha a ser ouvida foi Mara Rejane Rodrigues, médica legista aposentada. Ela trabalhava como médica legista na época dos fatos no laboratório do IML e participou da confecção do novo laudo médico. A testemunha disse que detectou através de exames, que Renata teria sido asfixiada antes ser jogada do 31º andar. Quando ela caiu, já estava sem vida.
O médico legista Wagner Luiz foi a terceira testemunha a ser ouvida. Ele foi convocado para compor a junta médica que fez a exumação do corpo de renata. A testemunha disse que não havia outra possibilidade de morte a não ser por asfixia.
A quarta testemunha foi o perito criminal Jerry Cristian Gandin. Ele foi o perito que atendeu a ocorrência no dia. A testemunha afirmou que sempre existiu a possibilidade do corpo de Renata ter sido jogado pela janela do apartamento.
As testemunhas foram ouvidas até por volta de sete horas da noite.
Julgamento foi retomado a noite
O julgamento foi retomado uma hora depois de um intervalo para a janta. Sete testemunhas de defesa foram ouvidas. O delegado Francisco Alberto Caricati, diretor do Departamento Penitenciário do Paraná foi o primeiro a ser ouvido. Ele disse que Rafael tem um bom comportamento no presídio e que presta serviço médico voluntário na unidade prisional.
O psicólogo do réu foi ouvido logo em seguida. Davi Sidney Lima relatou que Rafael apresentou um quadro de depressão após a morte da fisiculturista.
A terceira testemunha a ser ouvida foi Ana Lúcia de Siqueira Mello. Durante o depoimento da técnica de enfermagem que trabalhava no consultório médico de Rafael ela respondeu todas as perguntas do Ministério Público. A última delas disse que ficou sabendo que a família de Rafael foi procurada para levar dinheiro a um suposto perito, que teria se passado por intermediário de um médico legista para receber dinheiro da família. A testemunha respondeu apenas que não ouviu falar dessa história.
Antes do encerramento do primeiro dia de julgamento a mãe do réu também foi ouvida como testemunha de defesa.
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