2022 tem tudo para ser um dos melhores anos da última década para as locações residenciais em Curitiba. Em março, foi apurado o maior índice de Locação Sobre Oferta (LSO) na cidade desde 2012, quando o Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar) iniciou a sondagem de dados do setor. O índice verificado no terceiro mês deste ano chegou a 29,3%, 2,6 pontos percentuais (p.p.) a mais do que em fevereiro, o recorde até então.
Na média trimestral, o LSO foi de 24,8%, 6,7 p.p. acima do primeiro trimestre de 2021 (18,1%) e 7,1 p.p. a mais do apurado nos três primeiros meses de 2020, conforme o levantamento do Inpespar, que é integrante do Sistema Secovi-PR.
O bom momento é reforçado pelo baixo índice de inadimplência dos locatários curitibanos. Informações da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) indicam que, em março, 91% das famílias paranaenses possuíam algum tipo de dívida. O levantamento mensal do Inpespar, entretanto, demonstra que os aluguéis não estão incluídos nesses débitos, já que no mesmo mês o atraso no pagamento acima de 30 dias em Curitiba foi de 1%, 0,3 p.p. a menos do constatado em março de 2021.
Os bairros mais buscados por quem deseja alugar um imóvel para morar em Curitiba são o Centro, que respondeu por 21,7% das negociações de março, Água Verde (6,2%) e Portão (3,8%).
Excelente momento também para as locações comerciais
O bom momento vivido no mercado de locações na cidade não se restringe aos imóveis residenciais. A média do LSO de imóveis comerciais em Curitiba no primeiro trimestre de 2022 foi de 6%, aumento de 1,4 p.p. em comparação com o mesmo período do ano passado e de 0,4 p.p. em relação aos três primeiros meses de 2020.
De olho nesse panorama favorável, muitos proprietários de imóveis antigos da região central da cidade, que respondeu por 34,8% das negociações de espaços comerciais na capital em março, têm apostado no retrofit, técnica que adapta edificações mais velhas às necessidades atuais, com foco em segurança e conforto, para atrair mais interessados.
Além do Centro, os bairros que atraem maior interesse dos futuros inquilinos comerciais são o Centro Cívico (5,3% das negociações de março) e o Cristo Rei (4,5%).