A exposição Paranismo, no Memorial de Curitiba, é uma ótima dica de passeio para toda a família neste feriado e fim de semana. A mostra foi inaugurada durante as comemorações do aniversário de 330 anos de Curitiba, trazendo para o público a história do movimento Paranista e sua importância para a identidade artística do Paraná.
O Paranismo foi um movimento que surgiu nas primeiras décadas do século 20. A vanguarda da época buscava inspiração em aspectos da cultura local, e também na fauna e na flora, buscando valorizar a identidade do Estado.
A exposição gratuita é baseada no livro Paranismo, do crítico de arte José Roberto Teixeira Leite, que analisa e enaltece o movimento.
A mostra também destaca os diversos monumentos dedicados à cultura das etnias que formam a cidade de Curitiba, como o Bosque do Alemão, o Parque Tingui e a Praça do Japão.
Turistas brasileiros e estrangeiros que visitam o Memorial são atraídos pelas obras e informações históricas. Os alemães Philipp Raffler e Christoph Stiglmeier consideraram a mostra bem informativa. “Eu não conhecia muito sobre Curitiba e o Paraná, então foi bem interessante conhecer mais aspectos e itens relevantes e marcantes da cultura”, disse Raffler.
“Dá para ver que são personalidades que contribuíram para o estado e para a arte. É bom ver esses artistas sendo reconhecidos pela sua importância no movimento”, opinou o curitibano Berg Ferreira, que também foi visitar a mostra.
Vindo do Piauí, Anderson Freitas comentou sobre a importância da exposição tanto para os moradores como para os turistas. “Sou do nordeste e não tinha ideia de toda a história por trás da arte paranaense. Com a exposição você consegue ter uma noção da história e do contexto em que os símbolos do Paraná nasceram”, observou Anderson.
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A mostra conta com reproduções de obras de diversos artistas, como João Turin, Alfredo Andersen, Zaco Paraná, Lange de Morretes, João Ghelfi e Waldemar Freyesleben.
Um dos destaques é a releitura da obra No Exílio, de João Turin. A obra foi feita no início do século XX quando o artista estava na Bélgica. Essa é a primeira escultura em grandes proporções feita por Turin. A escultura nunca retornou ao Brasil e é considerada perdida.
A releitura foi realizada pela artista Luna do Rio Apa, sendo considerada uma homenagem ao centenário do movimento paranista e ao próprio João Turin, um dos maiores representantes do Paranismo.