A mulher que foi acusada de racismo após negar passagem a um cadeirante negro em um ônibus de Curitiba foi indiciada por injúria racial. A informação foi confirmada pela Polícia Civil ao Massa News nesta quarta-feira (21).
O caso aconteceu no dia 6 de junho, no biarticulado Santa Cândida/Capão Raso. A passageira se negou a dar passagem ao estudante de direito Angelino Cassova, de 32 anos, e perguntou se “estava em uma floresta”.
A Polícia Civil não divulgou a identidade da mulher. O inquérito policial foi entregue à Justiça.
Em janeiro de 2023, a prática de injúria racial passou a ser tipificada como uma modalidade do crime de racismo, com a sanção da Lei 14.532. Caso seja denunciada, a mulher pode pegar pena de dois a cinco anos de prisão e multa.
Passageiros gravaram situação em ônibus de Curitiba
Em entrevista à reportagem da Rede Massa | SBT, Angelino explicou que, na estação-tubo Passeio Público, ele precisou entrar pela porta 4 do coletivo, porque a plataforma da porta 3, onde há espaço adequado para cadeirantes, estava com problema.
Quando ele tentou acessar o espaço reservado a cadeirantes, uma mulher que estava no corredor se recusou a dar passagem. A situação foi gravada por passageiros.
No vídeo, Angelino e outros presentes questionam porque a mulher não dava passagem. Uma voz feminina chega a pedir para ela ter o “mínimo de decência”, quando a mulher questiona se estava em uma floresta.
Os passageiros ficaram indignados com a resposta da mulher e questionaram o que ela queria dizer com “floresta”. A situação só termina quando um rapaz cede a ela o lugar no ônibus.
Angelino afirma que a expressão foi uma forma de chamá-lo de macaco, uma palavra usada como ofensa racista. O estudante registrou boletim de ocorrência contra a mulher por racismo após o episódio.
Veja o vídeo: