Doença oftalmológica progressiva que atinge pessoas acima dos 65 anos, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) afeta cerca de 3 milhões de idosos no Brasil. É a principal causa de perda visual entre pessoas da terceira idade. Porém, uma descoberta científica trouxe esperança aos portadores da doença, do tipo seco, em seu estágio mais grave, chamado de atrofia geográfica. Um novo medicamento foi testado em um estudo americano durante 24 meses, com mais de mil pessoas, e mostrou excelentes resultados. Segundo o estudo, essa medicação intra-ocular – injetada diretamente no olho – mostrou uma significativa redução da atrofia em comparação com pessoas que usaram placebo.
Esse importante avanço no tratamento da DMRI será apresentado durante a 66ª edição do Congresso Brasileiro de Oftalmologia, que será realizado em Curitiba de 7 a 10 de setembro, no Expotrade Convention Center. O oftalmologista e diretor clínico do Hospital de Olhos do Paraná, Carlos Augusto Moreira Junior, irá presidir o congresso, que contará com a participação de especialistas em oftalmologia de todo o mundo.
A programação contempla aulas formais, estudos de caso, exposição de novas tecnologias, cirurgias na nuvem e o Dia Especial das principais subespecialidades da Oftalmologia, sendo elas: Catarata, Retina e Uveites.
Depois da catarata e do glaucoma, a Degeneração Macular Relacionada à Idade é a doença que mais afeta a visão na terceira idade. “Trata-se de uma grande descoberta, pois até então não existia tratamento para a atrofia geográfica, o último e mais grave estágio da DMRI. Esse estudo mostrou excelentes resultados e traz luz para o tratamento da atrofia. Além da melhora nos casos, a medicação mostrou-se segura em relação à efeitos colaterais”.
O medicamento, denominado Pegcetacoplan, deve ser liberado para uso humano nos Estados Unidos em novembro deste ano, na Europa no final do ano, e no Brasil possivelmente em 2023.