Um aparelho celular foi encontrado por um funcionário da Sociedade Moguenau e entregue para a Delegacia de Homicídios. O celular seria um aparelho secundário de Marcos Antônio Ramon, então diretor executivo do Clube. Nele, foram encontradas conversas entre Marcos e o antigo proprietário da moto comprada por ele e utilizada no assassinato de Ana Paula Campestrini.
As mensagens foram trocadas há cerca de dois meses antes do crime. Em outras mensagens, Marcos levanta uma espécie de dossiê de Ana Paula e da namorada Luana Melo. Uma série de informações cruciais para a localização e para o assassinato da vítima.
O aparelho foi localizado durante uma auditoria feita por funcionários do clube nas contas de Marcos Antônio Ramon e Wagner Oganauskas, o principal suspeito de ter matado Ana Paula.
O funcionário do clube relatou também que uma carta de consórcio do clube teria sido vendida por Wagner para sanar dívidas da sociedade, mas o dinheiro nunca foi depositado na conta do clube. A suspeita é que o valor tenha sido usado para pagar pelo assassinato de Ana Paula.
A Delegacia de Homicídios comunicou na justiça o auto de constatação do aparelho.
Assista a matéria do Primeiro Impacto Paraná com as mensagens:
Relembre o Caso
Ana Paula Campestrini foi assassinada com cerca de 14 tiros na frente do apartamento onde morava com a namorada, no bairro Santa Cândida, no dia 22 de junho.
O ministério Público do Paraná denunciou Wagner Oganauskas e Marcos Antônio Ramon, no dia 8 de julho, por homicídio triplamente qualificado. O pedido foi aceito pela justiça poucos dias depois e os dois se tornaram réus no processo.
Entre as motivações apontadas pela promotoria, está a lesbofobia, uma vez que Wagner não aceitava o relacionamento de Ana Paula com uma mulher.
Com informações do repórter Lucian Pichetti