O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR), realizou na manhã desta terça-feira (13) uma operação que investiga policiais militares do Estado por situações de mortes em confrontos. Os agentes cumpriram 31 mandados de busca e apreensão em Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Campo Largo, Colombo, Guaratuba e Londrina.
O coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, confirmou ao Massa News que a operação investiga a morte de 12 pessoas em quatro situações de confrontos com a PM na Região Metropolitana de Curitiba.
São investigados 18 policiais do BPRONE, dois policiais do Esquadrão de Eventos do Regimento de Polícia Montada (RPMon), dois policiais da 3ª Companhia do 17º Batalhão de Polícia Militar (Campo Largo) e um policial penal lotado no setor de inteligência do Departamento Penitenciário do Estado (Depen).
Os mandados foram cumpridos nas residências e locais de trabalho dos investigados. Destes policiais, 19 foram afastados e só poderão fazer serviços administrativos.
A Corregedoria da Polícia Militar acompanhou a ação. De acordo com a corporação, nada ilícito foi encontrado com os policiais.
A PM ainda disse em nota que “ressalta seu compromisso em prestar todos os esclarecimentos necessários, atuando sempre em prol da transparência para com a população paranaense”.
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Casos investigados na operação
Um dos casos investigados ocorreu em 11 de agosto, na capital, em que oito pessoas morreram nos bairros Cajuru e Campo de Santana a partir de ação policial contra possíveis membros de facção criminosa.
O segundo fato investigado resultou na morte de uma pessoa, em 24 de agosto, no interior de uma casa no Jardim Meliane, em Campo Largo.
O terceiro aconteceu na Vila Parolin, em Curitiba, em 2 de setembro, com a morte de um adolescente.
A quarta situação também foi em 2 de setembro, no bairro Campo Comprido, em Curitiba, quando morreram duas pessoas. Elas teriam sido mortas em abordagem após denúncia de que estariam praticando crimes de roubo e tráfico. De acordo com a apuração realizada até o momento, há indícios de que não teria havido verdadeiro confronto armado com as vítimas, que teriam sido mortas por outros motivos.