Com o objetivo de ampliar a representatividade feminina nos poderes Executivo e Legislativo, o projeto Caravana Lidera+ incentiva mulheres de Curitiba a ingressarem na política. Promovido pela Fundação 1º de Maio, o programa de formação político-partidária para mulheres chega a Curitiba no dia 5 de agosto, das 8h às 12h.
As mulheres poderão participar de palestras sobre Liderança com Cristina Lopes, secretária de projetos especiais na Assembleia Legislativa de Goiás. Além disso, elas poderão se aprofundar no tema “A importância da participação feminina na política e nas instituições partidárias”, que será apresentado por Loreny Caetano, gestora de políticas públicas.
Na ocasião, Guilherme Menezes Martinelli, diretor executivo da Fundação 1°de Maio, também estará presente e falará um pouco sobre como a Fundação capacita e forma atores e militantes políticos.
“As mulheres brasileiras têm enfrentado diversas dificuldades para ingressar e se estabelecer na política ao longo dos anos. Apesar de alguns avanços, a representação feminina no cenário político do Brasil ainda é baixa em comparação com a população geral e elas precisam de assistência para que não desistam, mesmo quando são confrontadas pela violência de gênero”, comenta Maria Aparecida dos Santos, secretária nacional da Mulher do Solidariedade.
Entre agosto e setembro, o programa deve chegar a seis cidades (Curitiba, Goiânia, Duque de Caxias, Recife, São Paulo e Teresina) e alcançar 600 mulheres brasileiras que desejam superar desafios e garantir uma maior representatividade na esfera política do país.
Mulheres na política: cenário atual
Nas eleições de 2022, somente 91 mulheres foram eleitas deputadas federais, o que corresponde a 17,7% das 513 cadeiras disponíveis. O número representa um avanço irrisório se comparado ao resultado das eleições de 2018, quando 77 mulheres foram eleitas deputadas federais e ocuparam 15% das vagas.
Não foi muito diferente nas Assembleias Legislativas dos estados. Na somatória de deputadas estaduais e distritais, chega-se ao total de 190 mulheres eleitas (18%). Especificamente em Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, a representatividade feminina ficou abaixo de 10%.
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No Senado, o resultado das eleições trouxe apenas 10 mulheres para ocupar as 81 cadeiras disponíveis. Das 27 unidades federativas do país, apenas dois estados são governados por mulheres atualmente e somente 12% dos municípios brasileiros elegeram prefeitas.