“Sempre queria fazer justiça”, diz mãe de jovem morta a facadas dentro de ônibus

Ainda atordoada com a notícia e sob efeitos de medicamentos para suportar a dor da perda, a mãe de Samantha Mantovani Muniz, Eloá de Lourdes Mantovani Muniz, concedeu entrevista à repórter Bruna Frohener, da Rede Massa, em frente à igreja onde acontece o velório da filha. A mulher de 35 anos foi morta com uma facada dentro do ônibus do transporte coletivo na tarde de quinta-feira (24) ao defender um vendedor ambulante durante uma discussão por desacerto comercial.

Foto: Reprodução/Redes sociais

“É um dia muito difícil pra mim, está difícil raciocinar, não dormi à noite. Foi muito de repente, uma coisa inesperada e a notícia foi terrível pra mim”, desabafa a mãe de Samantha, que era filha única. Ainda com dificuldades para encontrar as palavras para falar sobre a jovem, Eloá lembra que o senso de justiça sempre fez parte da vida de Samantha.

“Ela estava sempre se preocupando com os outros muito mais do que com ela, se preocupava demais com o bem estar das pessoas, sempre querendo fazer justiça”, conta. A mãe dela também contou que já tinha alertado a filha de que esse tipo de atitude poderia lhe render problemas, “mas nunca imaginei que ela iria tomar partido de alguém dentro de um ônibus com uma pessoa que ela não sabia nem quem era, de repente aconteceu isso porque o cara era perigoso, não estava pra brincadeira”.

Eloá também lembra que Samantha cantava e escrevia poemas desde a adolescência. “Ela disse recentemente que queria voltar a escrever novamente, disse que estava se sentindo inspirada a escrever novamente”, conta.

Naturais de Florianópolis (SC), mãe e filha chegaram a Curitiba há seis meses e viviam no bairro Cajuru. A jovem voltava de uma consulta no dentista quando interferiu numa briga dentro do ônibus e acabou atacada pelo assassino. “As leis não protegem os cidadãos, o cara faz o que quer e porque sabe que não será punido, não sei quem é esse homem, só sei que minha filha está dentro do caixão”, desabafa a mãe.

O crime

Em entrevista à equipe da Rede Massa, o motorista do ônibus que foi palco do crime disse que um vendedor de cocadas estava discutindo com um passageiro do coletivo por um suposto desacerto comercial. A mulher tentou interferir na confusão e acabou atingida no pescoço. O ônibus fazia a linha Centenário x Campo Comprido, no bairro Mossunguê. Passageiros gravaram a discussão e flagraram o momento em que o assassino parte para cima da vítima.

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