Quem gosta de observar o céu terá a oportunidade de ver a Superlua Azul nesta quarta-feira (30). Este fenômeno, que é a segunda superlua de agosto, só poderá ser observado novamente em 2037.
A última vez que a Superlua Azul foi vista foi em 31 de outubro de 2018. O motivo dela não aparecer com frequência é porque o fenômeno envolve dois conceitos astronômicos, de acordo com o professor Amauri José da Luz Pereira, coordenador do Observatório Astronômico e Planetário do Colégio Estadual do Paraná (CEP).
O termo “superlua” é usado quando a Lua está próxima do Perigeu, o ponto de maior aproximação com a Terra.
“Na próxima quarta-feira, às 22h35, o satélite natural da Terra estará nas proximidades dessa condição, a uma distância de pouco mais de 353.500 km do nosso planeta”, afirma o professor Amauri.
E por que a superlua que ocorrerá nesta quarta (30) também recebe o nome “Azul”? Não tem a ver com a coloração, já que a Lua não ficará azulada, e sim porque é a segunda fase de Lua Cheia dentro de um mesmo mês, como explica o professor.
“Em agosto de 2023, tivemos o início da primeira fase de Lua Cheia no dia 1º; e agora, dia 30/08, será a segunda vez que a fase da Lua Cheia começa neste mesmo mês. As noites destas ‘segundas fases’ da Lua são chamadas de noites de Lua Azul”.
E é por juntar estes dois conceitos que a Superlua Azul é relativamente rara e só voltará a ocorrer em 2037.
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Vai dar para ver a Superlua Azul em Curitiba?
Em Curitiba, nem sempre é possível ver os fenômenos astronômicos, por causa das condições meteorológicas. Segundo Amauri Pereira, a média de noites astronômicas (noites totalmente sem nuvens) em Curitiba é de apenas 33 por ano, ou seja, menos de 10% no ano.
Mas a boa notícia é que a previsão do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) indica que a noite desta quarta-feira (30) deve ter céu claro, ou seja, deve ser possível apreciar a Superlua Azul em Curitiba.
A Lua poderá ser observada durante toda a noite, a partir do momento em que nascer no céu. Mas a máxima aproximação do astro com a Terra será às 22h35 (horário de Brasília), ainda que o aumento de tamanho ou brilho seja imperceptível a olho nu.
O professor Amauri dá as dicas de como observar o fenômeno:
Para Curitiba é agasalhar-se bem e torcer por uma noite astronômica. Lembrando que não há qualquer restrição ou necessidade de cuidados especiais para a observação desse fenômeno. Quem for utilizar telescópios ou binóculos, se dispuser de um filtro para diminuir a intensidade luminosa da Lua cheia, terá uma observação mais cômoda e agradável.