Tatuador é indiciado por homicídio culposo

Vítima morreu depois de passar mal após a aplicação de uma pomada anestésica

O tatuador José Manoel Vieira de Almeida que é investigado pela morte de Davi dos Santos foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e também por falsidade ideológica. David morreu horas depois de fazer uma tatuagem com José Manoel. De acordo com informações ele teria tido uma reação alérgica a uma pomada anestésica usada no procedimento.

Foto: Reprodução/Rede Massa

Exames apontam intoxicação por Lidocaína

David começou a passar mal, chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) a causa da morte é indeterminada, mas exames periciais sugerem intoxicação por Lidocaína. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) diz que o uso da substância exige receita médica e tatuadores não possuem autorização para ministrar o produto.

José Manoel não conseguiu explicar a polícia como teve acesso a receita para manipular a medicação em uma farmácia de Curitiba. Por esse motivo, além de homicídio culposo, ele também foi indiciado por falsidade ideológica.

O tatuador vai responder ao processo em liberdade.

Relembre o caso

David foi até um estúdio de tatuagem para fazer um desenho que iria cobrir todo o braço esquerdo. No dia da sessão, a esposa do homem o acompanhou até o local.

Depois de quase oito horas de produção, o tatuador aplicou uma pomada anestésica em todo o braço de David. Segundo o relato da esposa, nesse momento, o marido disse para o profissional que sentiu a pressão baixar. O tatuador teria dito que a sensação fazia parte do processo.

A mulher percebeu que havia algo errado, mas não teve tempo de socorrer o marido. De acordo com o depoimento, pouco tempo depois as pupilas de David dilataram e ele começou a ter um convulsão. A vítima chegou a ser encaminhada para o hospital, mas já estava morta.

A esposa de David também afirma que a aplicação do medicamento foi sem a permissão dela e do marido. Conforme a investigação da Polícia Civil, a pomada foi receitada por uma médica veterinária. Ela foi chamada para depor na delegacia.

Em depoimento, a mulher afirma que não tem envolvimento com o caso. O delegado Wallace Brito, responsável pela investigação, conta que o tatuador admitiu o uso do produto sem permissão médica.

Leia mais sobre o caso:

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