A 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu determinou nesta quinta-feira (1) que o policial penal federal Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal Marcelo Arruda, vai a júri popular por homicídio duplamente qualificado. A decisão foi proferida pelo juiz Gustavo Germano Francisco Arguello. A defesa poderá recorrer.
O assassinato ocorreu na noite de 9 de julho de 2022, durante a festa de aniversário de 50 anos de Marcelo. O local estava decorado com as cores do Partido dos Trabalhadores e com imagens do ex-presidente Lula, eleito para o terceiro mandato neste ano. Guaranho é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e o crime teria ocorrido por divergências políticas. Segundo testemunhas presentes na festa,
Em legítima defesa pouco antes de morrer, Marcelo Arruda atingiu quatro disparos em Jorge Guaranho. Ele ficou internado sob custódia policial no Hospital Costa Cavalcanti até o dia 13 de agosto, quando foi transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. O policial sobreviveu e segue preso no Complexo Médico Penal de Pinhais.
A denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) foi julgada procedente pelo juiz Arguello. A defesa do acusado havia pedido à Justiça que seu cliente não respondesse por um crime qualificado. No entanto, o juiz decidiu que as provas apresentadas até aqui justificam manter as qualificadoras de crime cometido por motivo fútil e que resultou em perigo comum.
“Qualquer aprofundamento da análise deste juízo em relação às provas relacionadas à qualificadora em questão, como pretende a Defesa em memoriais, implicaria indevida intromissão no mérito da imputação e injustificada interferência na competência constitucional do Conselho de Sentença”, diz a decisão.
Leia mais:
- Justiça nega habeas corpus a policial que matou guarda em festa de aniversário
- Justiça manda investigar sumiço de imagens de clube onde aniversariante foi morto
- Bolsonaro liga para irmãos de guarda municipal morto em Foz do Iguaçu
Com informações do Portal da Cidade Foz do Iguaçu.