O Ministério Público do Paraná (MPPR) apresentou nesta semana denúncia criminal contra dois dos investigados pelo envolvimento no ataque a uma empresa de valores de Guarapuava, na região central do Paraná. A invasão – na modalidade “domínio de cidades” – envolveu um grupo de aproximadamente 40 criminosos no dia 17 de abril. O grupo tinha o objetivo de assaltar uma empresa de valores.
Na denúncia, são imputados os crimes de latrocínio (com quatro circunstâncias judiciais desfavoráveis e duas agravantes), porte de armas de uso restrito, sequestros (oito), incêndios (cinco) e dano ao patrimônio público. Os denunciados estão presos.
Noite de terror em Guarapuava
Na noite do crime, parte dos criminosos atacou o 16º Batalhão de Polícia Militar, incendiando caminhões no acesso ao quartel e fazendo disparos de fuzil contra os policiais militares, o prédio e uma viatura. Um militar morreu e outro foi ferido gravemente. Para interditar o 16º BPM, impedir a chegada de reforços policiais e facilitar a fuga, os criminosos incendiaram seis veículos.
Outra parte do grupo seguiu até a empresa de valores localizada em outro bairro da cidade, sequestrando reféns para usá-los como escudo durante a ação. Um dos reféns foi atingido por um tiro disparado pelos criminosos.
A empresa e as residências vizinhas receberam centenas de disparos de arma de fogo. Os assaltantes usaram explosivos na tentativa frustrada de acessar os valores guardados no cofre da empresa.
Apesar da estratégia usada pela quadrilha, os policiais conseguiram confrontá-los durante as fugas, atirando contra os veículos do bando, todos blindados, e perseguindo-os, o que causou o capotamento de alguns dos veículos usados por eles. Foram apreendidos sete fuzis, inclusive de calibre .50, de uso restrito.
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