A Polícia Civil (PC) de Guarapuava encontrou diversas cartas no apartamento de Eliara Paz Nardes, 31 anos, acusada de matar os dois filhos: Joaquim, 3 anos, e Alice, 10 anos.
No conteúdo dos materiais, a mulher diz que cometeu os crimes como uma forma de vingança, após brigar com o ex-marido e pai de Joaquim. Ela escreve que não recebia pensão e nem tinha ajuda do homem nos cuidados com o filho. Eliara também afirma que ele nunca visitava o menino.
Nas cartas, ela escreve que a vida com a filha era muito feliz e que os problemas começaram depois que se envolveu com o ex-marido.
A mulher está presa desde o dia 27 de agosto, quando os corpos das crianças foram encontrados no apartamento. No boletim de ocorrência, Eliara diz que no dia 13 de agosto deu calmantes para Joaquim. Quando ele dormiu, ela o asfixiou com um travesseiro. Depois, sentou no sofá com a filha e disse que as coisas estavam difíceis e que queria tirar a própria vida.
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No dia 14 de agosto, a mulher conta que notou que Alice estava dormindo. Ela usou um cachecol para estrangular a menina. Somente no dia 27 de agosto, ela ligou para um advogado e revelou o que havia acontecido.
A partir do dia 11 de agosto, Alice não foi mais para a escola. Em conversa com a professora, a mãe disse que a menina estava com gripe e por isso não estava indo para a aula.
Ainda no boletim, Eliara alega que tentou tirar a própria vida diversas vezes. A acusada pode responder por fraude processual, ocultação de cadáver e duplo homicídio.
A advogada de defesa solicitou um laudo de insanidade mental. No entanto, durante interrogatório, Eliara disse não sofrer nenhum tipo de transtorno.