Policiais militares suspeitos de latrocínios são alvo de operação

Com a colaboração de Gaeco

Policiais militares do Paraná são alvo de operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina. Eles são suspeitos de integrarem uma quadrilha envolvido em diversos crimes, incluindo latrocínios.

policiais-militares-latrocinio-operacao
Foto: Divulgação/Gaeco

A Operação Mar Vermelho, que contou com o apoio da Corregedoria da PM, foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (26) com cumprimento de mandados em oito cidades do Paraná e outras duas em Santa Catarina.

De acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR), foram cinco mandados de prisão, 28 de busca e apreensão, sete medidas de afastamento de função pública e outras 11 de monitoração eletrônica.

A suspeita é de envolvimento de ao menos sete policiais militares – um oficial, um cadete e cinco praças –, além de civis, na prática de diversos crimes, incluindo dois latrocínios (roubos com resultado morte).

Policiais militares suspeitos de latrocínio no Paraná

As investigações começaram quando o MPPR recebeu denúncias sobre a participação de dois PMs na morte de um homem em Jataizinho. Em agosto de 2021, ele foi executado e teve o corpo incendiado pelos criminosos.

A investigação do crime indicou que a vítima fazia parte da mesma quadrilha que os policiais, e o assassinato teria sido motivado por brigas internas entre os bandidos por questões financeiras.

Segundo o MPPR, os integrantes do bando pegaram o dinheiro da vítima, com transações bancárias e transferências de bens.

Policiais forjaram confronto para matar desafeto, diz MPPR

Durante a investigação, também foi descoberto que um outro crime que teria participação dos policiais. Segundo o MPPR, um agiota foi morto em suposto confronto com equipe da Rotam em Ibiporã, mas a apuração revelou que o tiroteio foi forjado para tirar a vida de outra pessoa que teria brigado com integrantes do grupo.

A investigação indicou que o objetivo dos policiais militares era pegar R$ 30 mil que estavam com o agiota. Parte do valor, no entanto, não foi encontrada pelos policiais porque estava escondida na cueca da vítima e eles não perceberam.

Ainda de acordo com o Gaeco e a Corregedoria da PM, a quadrilha também praticava o crime de falsidade ideológica. Os policiais envolvidos no esquema inseriam informações falsas nos boletins de ocorrência e simulava roubos de carga para se apropriar de determinados itens, principalmente aço, ferro, cobre, soja e etanol.

Os policiais militares investigados estão lotados atualmente no 30º BPM de Londrina e atuavam na época na região de Ibiporã. Um deles está frequentando o curso de formação de oficiais da PMPR na Academia Policial Militar do Guatupê.

Os mandados, expedidos pela Vara Criminal de Ibiporã, foram cumpridos nas cidades paranaenses de Londrina (cinco), Ibiporã (doze), Jataizinho (um), Curitiba (um), Colombo (três), São José dos Pinhais (um), Jandaia do Sul (um) e Alvorada do Sul (dois), e nos municípios catarinenses de Joinville (um) e Balneário Barra do Sul (um).

Entre no grupo do Massa News
e receba as principais noticias
direto no seu WhatsApp!
ENTRAR NO GRUPO
Compartilhe essa matéria nas redes sociais
Ative as notificações e fique por dentro das notícias
Ativar notificações
Dá o play plus-circle Created with Sketch Beta. Assista aos principais vídeos de hoje
Colunistas plus-circle Created with Sketch Beta. A opinião em forma de notícia
Alorino
Antônio Carlos
Claudia Silvano
Edvaldo Corrêa
Fabiano Tavares
Gabriel Pianaro
Guilherme C Carneiro
chevron-up Created with Sketch Beta.