A prisão preventiva do médico ginecologista e obstetra Felipe Sá foi decretada pela Justiça. O homem é suspeito de crimes sexuais como estupro e importunação sexual em Maringá, no norte do Paraná.
O médico foi indiciado por violação sexual mediante fraude, violência psicológica e estupro de vulnerável após a suspeita de abusar sexualmente de 42 mulheres.
O Ministério Público do Paraná (MPPR) fez o pedido de prisão preventiva. Antes da solicitação, Felipe Sá estava preso de forma temporária — agora, o homem está detido por tempo indeterminado.
A defesa do médico pediu a soltura dele ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) no começo de julho. A solicitação foi negada.
Médico ginecologista preso suspeito de estupro
O médico trabalhava em uma clínica particular e usava o espaço para cometer os abusos contra as pacientes. Ao todo, foram identificadas 42 possíveis vítimas, das quais 36 aceitaram prestar depoimento sobre o caso.
De acordo com o delegado Dimitri Tostes, responsável pela investigação que levou quase quatro meses, algumas mulheres “em razão de questões pessoais, não quiseram se expor e nem reviver os traumas”. Por isso, nem todas as vítimas identificadas foram ouvidas formalmente.
Veja também:
- Polícia ouve 36 vítimas de médico suspeito de crimes sexuais
- Polícia recebe novas denúncias de vítimas de médico em Maringá
O delegado revela também que, embora algumas situações tenham relatos diferentes, a maioria dos casos tem um roteiro, “uma linha bem parecida entre todos esses depoimentos, o que fortalece a possível existência dos crimes sexuais”.
“A gente ainda não sabe se, de fato, em relação a todas essas vítimas, há a prática de um crime. Mas ainda que não haja, [a investigação] pode revelar graves atentados ao exercício da Medicina”, completa.