Um protesto de condutores de aplicativos aconteceu nesta terça (22) na Rua Carlos de Carvalho, no centro de Curitiba. A manifestação pacífica foi promovida como forma de cobrar as empresas com relação a um pedido de reajuste do valor para os motoristas. O aumento do preço dos combustíveis é um dos fatores que mais afeta os trabalhadores.
De acordo com um dos líderes do movimento, Sérgio Guerra, entrevistado pela Tribuna da Massa, eles querem uma correção do repasse do aplicativo, o que os motoristas não têm há mais de seis anos. “Teve reajuste para os passageiros. Eles pagam muito mais caro e esse repasse não é feito para nós. O combustível subiu 19%, a Uber ia subir 6% de forma paliativa e provisória. Nós precisamos de um reajuste definitivo”, explica o condutor.
Guerra ainda acrescenta que a Uber paga para os motoristas de 40% a 60% do preço pago pelo passageiro na viagem. “O valor tem que acompanhar o custo da gasolina”, completa.
Mas o problema não é só o combustível, já que muitos condutores alugam carros e outros financiam o próprio automóvel para poder trabalhar. “E se nós deixarmos de ser motoristas de aplicativo, estaremos desempregados”, finaliza ele.
Cerca de 300 condutores de aplicativos participaram do protesto. A Polícia Militar esteve no local para controlar o trânsito e os manifestantes puderam ocupar uma pista e deixar a outra livre para os carros. Há também um projeto de lei que foi aprovado para que a data de 26 de março seja o dia do ‘Dia do Motorista de Aplicativo’ no estado do Paraná.