Na sexta-feira (10), quatro deputados da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) apresentaram um projeto de lei que determina a instalação de cancelas nas passagens de trem no Estado. A proposição vem um dia após o trágico acidente entre um ônibus e um trem em Jandaia do Sul, que deixou três pessoas mortas.
O projeto foi assinado pelos deputados Alexandre Curi (PSD), Ademar Traiano (PSD), Delegado Jacovós (PL) e Maria Victoria (PL). O texto prevê, além das cancelas, a instalação de outras sinalizações de trânsito.
Pela iniciativa, as passagens de nível deverão utilizar sinalização horizontal e vertical, contendo obrigatoriamente linha de retenção, faixa contínua, retângulo de advertência, indutor de redução de velocidade, olho de gato, aviso para parar o veículo; sonorizador, poste com placas e sinais luminosos, cancela automática, placas A-40 (passagem de nível com barreira) e de limite de velocidade e braço aéreo com placas e sinais luminosos.
“O lamentável episódio de Jandaia do Sul só é mais um na lista de acidentes envolvendo passagens de nível. Trata-se de uma questão complicada porque pelas ferrovias se escoa a produção, fundamental para o desenvolvimento. Assim, o projeto pretende regulamentar a questão destes cruzamentos, procurando dar mais segurança tanto para a população quanto para os próprios maquinistas”, afirmou Alexandre Curi.
Acidente entre ônibus e trem deixa duas crianças e cozinheira morta em Jandaia do Sul
O acidente ocorreu na quinta-feira (9). O ônibus levava para casa 25 crianças que estudavam na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Além dos alunos, no coletivo estavam o motorista e três adultos.
O coletivo cruzou a linha férrea e colidiu com o trem na altura da rua Presidente Kennedy, na localidade da Vila Rica. Maria Vitória Gomes Ferreira, de 11 anos, e Kimberly Caroline Ribeiro Pimenta, de 15 anos, morreram na hora. Elas eram primas.
Na noite de sexta (10), morreu no hospital a terceira vítima do acidente. Identificada como Isabel Aparecida Gimenes Figueiredo, 55 anos, ela era cozinheira da Apae.
As outras vítimas ficaram feridas e foram hospitalizadas em hospitais da região, sendo que algumas estão em estado grave.
O motorista, que estava com a Carteira Nacional de Habilitação vencida, prestou depoimento e falou que não viu nem ouviu o trem. Ele foi liberado e deve responder por homicídio culposo.
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