Agentes da Polícia Civil e do Ministério Público do Paraná (MPPR) estão nas ruas desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (8) para tirar de ação uma quadrilha envolvida com o tráfico de drogas. O grupo seria responsável por vender drogas no Paraná e em vários estados brasileiros.
Segundo a Polícia Civil, são 101 ordens judiciais contra traficantes que agem em Minas Gerais, Rio de Janeiro e no nordeste, além do Paraná. A polícia aponta que o prejuízo ao crime organizado durante as investigações tenha passado dos R$ 28 milhões.
São cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 45 de busca e apreensão e sequestro de 28 bens, além do bloqueio de 17 contas-correntes e do afastamento de um policial civil de São Paulo que seria integrante da quadrilha.
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A polícia está nas ruas nas cidades de Toledo, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste e Curitiba, no Paraná; em Balneário Camboriú, Camboriú e Içara, em Santa Catarina; e em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.
Traficantes usavam caminhões frigoríficos para transportar drogas
De acordo com a Polícia Civil, a investigação começou em março deste ano a partir da apreensão de 2 toneladas de maconha no fundo falso de um caminhão frigorífico.
A partir daí, nas buscas feitas em uma chácara de Toledo, os policiais descobriram que o local era usado por bandidos para fazer o carregamento da droga. No local havia um segundo caminhão frigorífico com fundo falso. Foram apreendidas munições de fuzis e os agentes encontraram um bunker embaixo do chiqueiro dos porcos, onde a droga era armazenada.
Foi na sequência dessas apreensões que a polícia descobriu como funcionava o esquema da quadrilha, que era organizada e tinha as tarefas divididas entre os integrantes.
Os traficantes usavam caminhões carregados de carga congelada para fazer o transporte da droga para tentar driblar a fiscalização, já que o rompimento do lacre pode comprometer o produto.
Os veículos iam para o carregamento nas empresas já com a droga nos fundos falsos – as empresas dos produtos congelados não sabiam que os caminhão também levavam drogas.
Quadrilha lavou dinheiro do tráfico comprando imóveis
Ainda segundo a Polícia Civil, os criminosos mascaravam o dinheiro do tráfico comprando bens móveis e imóveis. Ao longo dos quatro meses de investigação, a polícia estima que o prejuízo causado à quadrilha seja de mais de R$ 28 milhões.
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Conforme apurado, os chefes da organização criminosa ostentavam padrão de vida elevado, com apartamentos e casas milionárias, viagens, carros luxuosos e veículos aquáticos.
Os investigados podem responder por organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Caso condenados, a pena pode chegar a 38 anos de prisão. Eles também devem responder por lavagem de dinheiro, crime com pena de até dez anos de prisão.