Paraná acompanha denúncias de tráfico de pessoas ao Camboja; quatro paranaenses estariam entre vítimas

O Governo do Paraná acompanha os casos de brasileiros que supostamente estariam sendo vítimas de cárcere privado e situação análoga à escravidão no Camboja, na Ásia. Dentre as vítimas estariam quatro paranaenses, segundo as denúncias já registradas.

Foto: Albari Rosa/AEN

As informações sobre essa situação foram recebidas pelo Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná, órgão da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), e encaminhadas para o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que também monitora o caso e atua na averiguação das informações, bem como o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Segundo os dados preliminares, as vítimas teriam sido cooptadas por meio de anúncios de emprego pela internet, com promessa de renda a partir de US$ 900, cerca de R$ 4.760 na cotação atual. O trabalho seria de negociação de criptomoedas. As denúncias dão conta de que, ao chegarem ao Camboja para realizar os treinamentos para o trabalho, as vítimas são obrigadas a entregar documentos e são submetidas a jornadas de trabalho excessivas, privação parcial de liberdade e ameaças.

De acordo com as informações já levantadas a respeito do caso, as oportunidades de trabalho seriam ofertadas por empresas que supostamente atuam no mercado financeiro e de crédito. As vagas temporárias de trabalho ofereceriam, além de um salário de base competitivo, comissões por venda de ativos. Também são prometidas, dentre outras coisas, condições dignas de moradia e emprego, além da possibilidade de crescimento dentro do mercado de moedas digitais.

“Logo que recebemos a primeira denúncia, com conversas, indícios e fotos, verificamos que a situação é extremamente delicada. Em reunião com as autoridades competentes, enviamos as denúncias para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Um fator que dificulta o resgate dessas pessoas, é que o país não possui embaixada ou consulado. Desta forma, estamos atuando diretamente com o Ministério e outros órgãos para auxiliarmos no que for necessário”, ressaltou o secretário de Justiça, Família e Trabalho, Rogério Carboni.

Alerta

O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná informa que é sempre necessário ligar um sinal de alerta quando há ofertas profissionais e financeiras que pareçam extremamente vantajosas na internet. “É fundamental fazer uma pesquisa completa na própria rede sobre a empresa, o histórico dela e relatos. Além disso, é importante comunicar as autoridades sobre situações e ofertas suspeitas e tentar ao máximo, conseguir detalhes da vaga, falar com alguém que já tenha ido,” explicou a Chefe do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Silvia Xavier.

Denúncias

Denúncias podem ser feitas junto ao Núcleo por meio do telefone (41) 3221-7956 ou do e-mail [email protected]; pelos canais Disque 100 e Ligue 180, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH); ao Ministério Público do Paraná; e junto à Polícia Federal, pelo e-mail [email protected].

Informações da Agência Estadual de Notícias

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