A professora acusada de racismo contra uma policial militar no Colégio Estadual Leocádia Braga Ramos em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), prestou depoimento. Na delegacia, a mulher afirmou que fez brincadeiras para amenizar a situação com os alunos.
Durante o depoimento, a professora foi questionada sobre a denúncia de injuria racial aceita pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). A mulher relatou que ficou nervosa com a atitude da policial militar em sala de aula:
“A policial começou a andar pela sala com uma cara de brava, com bastante raiva e ódio, encarando bastante os alunos […] e eu comecei a ficar nervosa com isso”,
diz a professora.
Segundo os alunos, a professora teria feito gesto de ânsia de vômito quando a soldado Luci Alves deixou o local e imitado um macaco. Ela ainda teria se referido à policial militar com “aquela macacona, aquela preta”.
“Depois que ela saiu, ficou aquele clima bem tenso, meus alunos nem se mexiam de medo e a minha aula acabou ali […] aí eu fiz gestos e brincadeiras para amenizar a situação, na intenção de tirar o clima que ficou”,
contou a professora.
O racismo em Pinhais foi registrado por câmeras de monitoramento que ficam instaladas na sala de aula. Apesar dos alunos confirmarem o caso, a professora negou as acusações. Em junho, ela foi afastada do cargo.
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A policial militar registrou queixa por injúria racial, porém, não foi intimada para prestar depoimento e não foi ouvida por autoridades. Já a professora, mesmo respondendo pelo crime, foi absolvida e voltou a dar aulas após testemunhas negarem as atitudes dela.
A Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) comunicou que instaurou um processo de sindicância para apurar o caso.
A situação aconteceu no dia 31 de maio. Na ocasião, a soldado Luci Alves deu uma palestra educativa para alunos do colégio junto com outra policial. Horas depois, alunos relataram para a policial que a professora tinha cometido racismo.