Um casal foi preso neste fim de semana suspeito de estupro de vulnerável na cidade de Ponta Grossa, região dos Campos Gerais do Paraná. O homem teria praticado o abuso contra a enteada, e a mãe teria sido conivente com o crime, de acordo com a Polícia Civil.
As prisões foram resultado do trabalho de investigação do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). O homem de 38 anos teria cometido o crime contra uma de suas enteadas e a mãe das vítimas, de 31 anos, acabou presa pelo mesmo crime porque há indícios de que ela se omitiu do dever de proteger sua filha.
De acordo com a polícia, as investigações apontaram que o homem insistiu para que a companheira saísse de casa e deixasse as filhas de 6 e 10 anos sozinhas com ele na residência da família.
Mesmo sabendo que o suspeito já era procurado pela polícia por outro estupro de vulnerável, em que a vítima era a filha de sua ex-namorada, a mulher aceitou deixar as crianças com o suspeito.
Vítima pede ajuda para vizinhos
O homem se aproveitou da situação e cometeu o crime contra uma das crianças. A vítima correu para pedir ajuda dos vizinhos e ainda levou uma bronca da mãe quando ela voltou para casa. Segundo as testemunhas, a mulher disse para a filha que ela não deveria contar para os outros o que tinha acontecido – segundo a polícia, a criança já tinha procurado a mãe para contar que era vítima de abusos do padrasto, mas nenhuma atitude foi tomada.
Estarrecidos com a situação, os moradores da região passaram a agredir a mãe da vítima e acionaram a polícia. Mãe e padrasto foram presos em flagrante e foram levados até a Cadeia Pública Hildebrando de Souza, onde permanecem à disposição da Justiça.
Preso por estupro de vulnerável
De acordo com a delegada Ana Paula Cunha Carvalho, responsável pelo Nucria, o preso já era alvo de três inquéritos policiais por estupro de vulnerável em andamento na divisão especializada. Por isso, “além de ter sido preso em flagrante pelo quarto crime da mesma natureza, também foi dado cumprimento ao referido mandado anteriormente expedido”, explica a delegada.
Ana Paula ressalta ainda que, nos outros casos investigados, as mães das vítimas não sabiam que as filhas eram vítima de violência sexual e, logo que descobriram, terminaram o relacionamento com o autor. “As vítimas têm relatos muito parecidos, reafirmando que o investigado tinha o mesmo modo de agir para a prática dos abusos sexuais”, completa a delegada.