Detentos fazem live denunciando condições precárias de cadeia pública

Detentos da Cadeia Pública de Sarandi fizeram duas transmissões ao vivo no Facebook, de dentro de uma das celas pedindo por melhorias e denuncuiando práticas ‘abusivas’. As lives ocorreram na noite da última quinta-feira (16)

Imagem: Divulgação

Em uma das transmissões, vários detentos aparecem com os rostos cobertos, um dos homens explica que eles são detentos da cadeia pública de Saradi e que pretendem mostrar o que enfrentam no dia a dia.

Ao longo do vídeo, os homens denunciam tratamentos inadequados de agentes. “Nós não temos diálogo com o chefe de carceragem. Ele não escuta a gente. Nós estamos vivendo em uma superlotação. Nós vamos mostrar para vocês, [para] a população que acha que nós estamos vivendo às custas do governo, a maneira que nós estamos, o jeito que estamos sobrevivendo aqui, e vai ficar a critério de vocês [julgar] se vocês acham que essa maneira é que vai ressocializar e fazer voltarmos aptos [a viver] em sociedade”, questiona o porta-voz do grupo. 

Em seguida, as imagens mostram os demais detentos da cela e os colchões onde todos precisam dormir, agrupados em um canto do local, molhados. 

De acordo com os detentos, a cadeia pública de Sarandi tem atualmente 180 homens detidos. Alguns deles são presos que já receberam condenação, mas ainda não foram transferidos para penitenciárias. 

Na segunda transmissão feita no mesmo perfil, os detentos continuam reclamando das condições precárias das celas, da quantidade de pessoas que ocupam o mesmo espaço e da comida servida diariamente. 

Nos vídeos, publicados na conta de Facebook de um dos detentos, alguns dos presos se revezam para falar para a câmera. Eles afirmam que a cadeia está superlotada, que a comida servida é de má qualidade e que alguns presos já foram condenados e, portanto, deveriam ser transferidos para unidades penitenciárias.

Alguns presos também reclamam do tratamento prestado pelos agentes penitenciários aos próprios presos e a seus familiares em dias de visita, além da falta do acesso a médicos na unidade. As ‘lives’ foram realizadas através de celulares, que são proibidos dentro da unidade carcerária.

Informações do Portal GMC Online

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