A partir desta quarta-feira (23), alguns serviços do INSS podem ser total ou parcialmente paralisados. A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) declarou greve geral por tempo indeterminado para reivindicar ao governo federal melhores condições de trabalho.
Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Paraná (Sindprevis-PR), nem todos os servidores das agências de Curitiba e Região Metropolitana, que estão trabalhando de forma presencial ou home office, aderiram à greve. Assim, alguns serviços podem ser prejudicados enquanto a greve durar, como os relacionados a aposentadoria, pensões e auxílio reclusão.
Perícias agendadas devem ocorrer normalmente, porque os médicos peritos do INSS, que são representados por outro sindicato, não aderiram à greve e estão atendendo.
Na pauta da Fenasps, os servidores públicos federais pedem reajuste emergencial de 19,99%, arquivamento da PEC 32 (Reforma Administrativa) e a revogação da Emenda Constitucional 95/2016, que implementa o teto de gastos.
O Sindprevs-PR alega que o INSS está com o quadro de funcionários defasado. De acordo com o sindicato, não é realizado concurso público para a contratação de novos servidores há quatro anos. Há uma carência de 9.000 funcionários e cerca de 2 milhões de processos do INSS a serem analisados.
Assim, a categoria pede um novo concurso público e a reposição inflacionária de 19,99%, além de outras reinvindicações.
O comando nacional de greve foi recebido nesta terça-feira (22) pelo Ministério da Economia e os servidores aguardam negociações. Procurado, o INSS não se manifestou até a publicação dessa reportagem.