Suspeito de incendiar carros em Curitiba é preso pela polícia

Um morador de rua foi preso na manhã desta sexta-feira (30) suspeito de ser o responsável por atear fogo em carros em alguns bairros de Curitiba. Foram pelo menos três casos registrados no Água Verde e em Vila Izabel, com dois carros destruídos pelo fogo e um terceiro que foi salvo por um motorista que passava pelo local. Imagens de câmeras de segurança registraram a tentativa de incendiar um dos veículos e o vídeo ajudou a polícia a encontrar o suspeito.

No vídeo, é possível ver o homem passando ao lado do carro segurando uma sacola e um par de botas. Ele se abaixa e não é possível ver o que ele faz, mas logo em seguida, quando reaparece na imagem, o homem já não está mais com as botas nas mãos. Logo em seguida, um carro vermelho aparece na imagem e o motorista percebe que há fogo embaixo do veículo estacionado. Ele consegue conter as chamas antes que elas atingissem o carro.

O idoso de 64 anos que foi detido nesta manhã assumiu que os calçados são dele, mas negou ter ateado fogo na bota e nos carros. No entanto, o delegado Osmar Dechiche, responsável pela investigação do caso, não tem dúvidas de que o andarilho seja o responsável pelos crimes.

“Ele é uma pessoa lúcida, de posse de todas as suas faculdades mentais, tanto que nega veementemente a autoria, apesar do contexto das provas contra ele”, avalia o delegado. “Além disso, o dono do carro não tem nenhum inimigo, é um contabilista que estava no escritório dele quando presenciou as chamas embaixo do carro e correu para apagar, mas o outro motorista já estava apagando as chamas”, completa.

De acordo com o delegado, o suspeito será enquadrado no crime de incêndio, com pena que pode chegar a seis anos de prisão. “Como não foi pego em flagrante, ele será indiciado pela prática de crime de incêndio, será interrogado na delegacia e depois, colocado em liberdade”, esclarece Dechicho. Depois de concluído, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MPPR), que decidirá se oferece denúncia à Justiça.

Colaboração de Melissa Munhoz/Rede Massa.