Quatro pessoas foram presas pela Polícia Civil suspeitas de envolvimento em um grupo criminoso especializado em aplicar golpes com vendas de imóveis. As investigações apontam que a quadrilha usava uma incorporadora de fachada e o prejuízo causado às vítimas pode passar de R$ 6 milhões. Além disso, a maioria dos empreendimentos nunca foi iniciada.
A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão, na manhã desta segunda-feira (7), nos bairros Centro Cívico, Seminário e Uberaba, em Curitiba, além do município de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana. Materiais como documentos, celulares e computadores usados pelo grupo foram apreendidos e levados à perícia.
Conforme a Polícia Civil, oito vítimas foram identificadas e prestaram depoimento na delegacia. O prejuízo calculado até agora é de R$ 2,5 milhões. Ainda de acordo com a polícia, existe a suspeita de que, ao menos, 30 vítimas tenham sido lesadas pela quadrilha. Se confirmado, o valor total adquirido pelos criminosos passa de R$ 6 milhões.
Os suspeitos usavam uma empresa de fachada para venda de imóveis na planta, construções ou reformas de casas. Em muitos casos, os empreendimentos não eram iniciados e, os que tinham início, não eram concluídos. O que também chamou a atenção é que, em algumas das obras, o trâmite de documentação junto aos órgãos municipais de Curitiba nem havia sido preparado.
“As vítimas, buscando desenvolver o sonho da casa própria, procuravam uma empresa idônea para realizar a construção ou para adquirir o imóvel na planta e encontravam essa incorporadora. Eles ficavam na expectativa de receber o imóvel que haviam adquirido, mas para a frustração dessas pessoas, a empresa não entregava as obras. Nem alvará e licenciamento para construção foram emitidos pela Incorporadora Hamasaki”, disse o delegado Silas Roque, em entrevista à Rede Massa.
Além dos materiais eletrônicos apreendidos, a Polícia Civil também encontrou uma espingarda. Os suspeitos presos foram encaminhados à delegacia e devem responder pelos crimes de organização criminosa e estelionato.
Colaboração de Juliana Rodrigues, da Rede Massa.